Miguel Poiares Maduro mostra-se confiante em relação aos sinais positivos da economia e admite mesmo que a recuperação económica se está a fazer a uma “velocidade superior” à que o Governo tinha previsto, mas põe de parte a ideia de a saída da troika pode levar a um alívio fiscal.
“Os sacrifícios ainda não terminaram para os portugueses”, reconhece o ministro, explicando que “é preciso continuar a disciplina fiscal”.
O optimismo cauteloso de Maduro vem da ideia de que a economia portuguesa se está a transformar numa “economia dirigida por e para as exportações” e de que as reformas lançadas pelo Governo se traduzem numa “mudança estrutural”.
Apesar de tudo, Maduro reconhece que ainda falta reformar o Estado e que falta uma “segunda fase de reformas” que o momento mais crítico da crise não permitiu concretizar. De resto, o Governante assume que os baixos salários da Função Pública fazem com que seja “cada vez mais difícil contratar gente válida para a Administração Pública”.
O ministro avança ainda ao El Mundo que “nas próximas semanas” o Governo vai “anunciar mudanças para a reorganização e modernização da Administração Pública” e “simplificações regulatórias” para uma economia mais aberta e “favorável aos negócios”.
Poiares Maduro garante que “não haverá mais programas de ajuda” e que “Portugal controla agora o seu próprio destino” e tem nas mãos a decisão sobre a saída do resgate no pós-troika.