Visitantes internacionais asseguram mais de 65% do consumo turístico da restauração

Restauração foi o setor que gerou maior volume de riqueza: por cada 100 euros de despesa, foi gerado mais  23 euros de PIB na restauração, mais 22 euros no alojamento e mais 4 euros nos transportes aéreos.

Entre 2014 e 2015, a maioria do consumo turístico na restauração foi assegurada por visitantes estrangeiros (65,6%), revela a AHRESP que remetem para os últimos dados do INE. 

A associação chama a atenção para o peso do gastos dos turísticas no setor da restauração e que são visíveis pelos dados divulgados pelo INE e que apontam para no consumo turístico em Portugal, que representa o total dos gastos que são realizados por visitantes internacionais e nacionais, a restauração representou 31,3% do total dos gastos dos excursionistas (visitantes que não pernoitam no destino) e 24,2% do total dos turistas. Enquanto o alojamento representou 25,9% dos gastos dos turistas.

"Estes números expressam bem a importância do turismo e, em particular da restauração e do alojamento, para a economia e para a criação de riqueza em Portugal e a necessidade de continuar a investir nestes dois setores essenciais para o nosso desenvolvimento", afirma Mário Pereira Gonçalves, presidente da AHRESP.

Os mesmos documentos apontam também o peso do Turismo no PIB – 12,5% – bem como o número total de visitantes internacionais no período referido: mais de 28 milhões (18 milhões de turistas e 10 milhões de excursionistas). De salientar que a restauração foi o setor que gerou maior volume de riqueza – por cada 100 euros de despesa, foi gerado mais  23 euros de PIB na restauração, mais 22 euros no alojamento e mais 4 euros nos transportes aéreos.

Estimam-se, em 2016, 15, mil milhões de euros de gastos do turismo internacional correspondam a um gasto médio per capita de 95,7 euros para os turistas e 46,4 euros para os excursionistas. Deste total, a restauração foi responsável por 2,78 mil milhões de euros (18,2%), o alojamento por 2,64 mil milhões (17,3%) e 3,58 mil milhões por outros componentes de gastos.

"Merece ainda destaque o alojamento não registado, que tem um peso nas dormidas de mais de 12%, o que, de acordo com dados da AHRESP, poderá representar mais de 17 milhões de dormidas e mais de 610 milhões de euros de receitas na economia paralela. Neste contexto, reafirmamos a importância do programa QUALITY, criado pela AHRESP com o objetivo de apoiar a legalização, qualificação e valorização da atividade do alojamento local", afirma ainda o responsável.