Manuela Eanes conta como viveu em casa o 25 de Novembro. Fala das reuniões preparatórias, das ameaças de que foi alvo (como o rapto do filho de 3 anos) e da fé que nunca perdeu de que o marido regressaria são e salvo.
Onde se explica que os excitados propagandistas do 25 de Novembro escondem defensores, ainda envergonhados, do 24 de Abril.
A história do 25 de Novembro foi-se fazendo entre factos e narrativas políticas. Na realidade, o PCP conta-se entre os vencedores. A guerra fria ditou que em Portugal o poder fosse entregue ao centrão em troca de poder noutras geografias.
Entrevista de José António Saraiva a Ramalho Eanes.
Fabian Figueiredo diz que evocar a data na AR é “uma operação de desvalorização do 25 de Abril”.
PCP e Associação 25 de Abril recusam participar na sessão na AR.
O voto do PS contra a proposta do CDS-PP para celebração anual do 25 de Novembro, atentou contra o melhor da própria História.
Era uma batalha antiga do CDS, mas só com o regresso ao Parlamento foi possível impôr aos deputados assinalar a data do 25 de Novembro com pompa e circunstância.
Cada bancada parlamentar terá de indicar até quinta-feira o seu representante para integrar esse grupo de trabalho.
Proposta do CDS-PP contou com o apoio PSD, da Iniciativa Liberal (IL) e do Chega.
25 de Novembro de 1975 é o dia em que a ditadura comunista cedeu definitivamente perante a Democracia. 48 anos depois, o Nascer do SOL recupera as capas dos jornais da época, do Diário de Lisboa ao Tempo.
Exposição estará patente em mais de 250 escolas, sendo que a maioria das escolas já tem a exposição patente, e estará disponível até meados de dezembro.
Já todos morreram, mas os seus nomes ficam para a História como indissociáveis do período que começou no 25 de Abril de 1974, o Dia da Liberdade e da Revolução dos Cravos, e acabou no 25 de Novembro de 1975, o Dia da Democracia, em que o país se livrou da “ditadura de esquerda”.
Nascido em Beja em 1943, comandou a 21ª Companhia de Comandos na Região Militar de Moçambique. Na vida civil foi Adjunto do ministro do Trabalho, Amândio de Azevedo, no Governo do Bloco Central (Mário Soares / Mota Pinto). Em 1985, foi eleito deputado pelo PSD em Lisboa.
O dia em que Portugal se salvou de uma guerra civil e a democracia se consolidou é hoje uma data polémica. Comemorar ou não a vitória dos moderados passou a ser tema fraturante.
Presidente da Assembleia da República responde ao texto de opinião de Rui Moreira, publicada no Nascer do SOL.
“Choca-nos que o senhor presidente da Assembleia da República não queira comemorar o 25 de novembro, talvez com receio de irritar antigos parceiros de geringonça”, diz Miranda Sarmento.
“Porque todas as datas são importantes”, disse o autarca.