O culto de mortificação que se constrói hoje de forma simétrica ao regime da consagração literária voltou a ser exposto quando os jovens editores de uma revista literária sentiram necessidade de ir buscar uma banalíssima composição inédita de Fernando Pessoa para obterem um destaque nos jornais.
À terceira vez, se o Carmo não cai, cai tudo o resto. É o regresso do Teatro do Bairro às ruínas onde há muitos anos soou mais alto a fanfarra da Liberdade. Nas próximas noites, este será o palco de uma grande catilinária atirada a um tempo em que o poder já não sabe exprimir-se…
Três décadas depois de ter ido desta não necessariamente para melhor mas talvez para o equivalente, Alexandre O’Neill continua o seu percurso poético numa língua com ouvido difícil para toda a sua graça
À distância de mais de 30 anos do desfecho de uma «vidinha» intensa de enredos lusitanos já o autor de «Um Adeus Português» dava despacho ao seu epitáfio: «Aqui jaz Alexandre O’Neill/ Um homem que dormiu muito pouco/ Bem merecia isto»