Rui Cardoso afirmou que a justiça deve ser aplicada a todos, sem privilégios, mesmo em relação “àqueles que, de forma mais assumida ou mais dissimulada, querem controlar a justiça”. Já Amadeu Guerra realçou que “na criminalidade económico-financeira, é tão ou mais eficaz assegurar a perda de bens do que uma condenação em prisão”.
Amadeu Guerra não exclui responsabilidade de “terceiros que não sejam pessoas do INEM”.
São ainda arguidos o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado João Tiago Silveira e a Start Campus.
O contacto próximo com os agentes judiciários, sobretudo com os magistrados e funcionários dos serviços do MP, é uma das prioridades anunciadas por Amadeu Guerra para o seu mandato – cortando assim com o ciclo da sua antecessora, Lucília Gago, que foi alvo de muitas críticas internas por se ter fixado essencialmente em Lisboa.
Durante o seu discurso, Amadeu Guerra disse ainda ser “preocupante” a falta de oficiais de justiça e pede ao Governo que, para o setor, “dê prioridade à revisão dos estatutos dos funcionários de justiça”, e que crie mecanismos que tornem a carreira “mais aliciante”.
Amadeu Guerra, durante a sua tomada de posse, criticou a “falta de investimento dos sucessivos Governos” na Justiça.
Rita Júdice disse ainda que Amadeu Guerra “tem um “currículo inatacável” e que “é uma pessoa que conhece bem a casa”.