São Petersburgo está “preparada” para ajudar a reconstruir a cidade destruída nos conflitos entre as tropas russas e ucranianas, disse o governador da segunda maior cidade russa.
Segundo explicou o porta-voz do presidente da câmara de Mariupol, que tem feito o ponto de situação da cidade há mais de um mês, “perante a recusa da população, que não quis recolher os corpos, o Ministério de Situação de Emergência russo abandonou o local”, deixando cadáveres nas ruínas da fábrica.
Destino dos combatentes que se renderam na fábrica siderúrgica Azovstal ainda é uma incógnita.
“Bom, é tudo. Obrigado a partir dos abrigos de Azovstal – o lugar da minha morte e da minha vida”, escreveu Dmytro Kozatskyi.
Continuam a ser reportadas novas rendições por parte dos soldados ucranianos na fábrica siderurgica de Azovstal.
Só nas últimas 24 horas foram 694 os combatentes ucranianos que se renderam, segundo o Governo russo. Autoridades ucranianas ainda não se pronunciaram sobre estes números.
Na quarta-feira, a fábrica foi atacada intensamente pelo Exército russo com artilharia pesada, tanques e bombardeamentos.
Horas antes de a Rússia anunciar um cessar-fogo a partir de hoje de manhã, o exército ucraniano afirmou que as forças russas estavam “a tentar destruir” os últimos defensores da fábrica siderúrgica de Azovstal.
“Qualquer transporte da Aliança Atlântica que chegue ao país com armas ou meios para as forças armadas ucranianas será visto por nós como um alvo legítimo para ser destruído”, avisa o Kremlin.
“Fomos bombardeados a noite toda (…) duas mulheres foram mortas e agora está a decorrer um ataque a Azovstal”, anunciou o vice-comandante do regimento Azov, Sviatoslav Palamar, ao site de notícias Ukrainska Pravda.
Um assessor do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que “não há resposta do lado russo” para retirar soldados e civis ucranianos que estão ainda no único local de Mariupol resistente à omissiva russa, na fábrica de metalúrgica Azovstal.
Nas palavras da Rússia, os civis que saírem durante este período – válido para os russos durante 24 horas – terão a possibilidade de se juntar a territórios sob controlo ucraniano ou russo. O complexo industrial de Azovstal é o único lugar com resistentes ucranianos em Mariupol.