“A circulação do livro é de interesse público e essencial para o processo de fortalecimento do movimento de vítimas das situações ali narradas e de outras vítimas de assédio no contexto acadêmico. Pedimos assim à Routledge que tome as providências necessárias para corrigir a situação e disponibilizar o livro ao público”, pede coletivo de vítimas.
“Desde que começámos a partilha das nossas reflexões, o número de pessoas aumentou. Temos estado em contacto com outras mulheres, que viveram histórias parecidas com a nossa. As situações de abuso experienciadas não se limitam a momentos inconvenientes promovidos por um homem incapaz de entender que o mundo mudou”, redigem.
A segunda carta aberta do coletivo de mulheres vítimas de assédio, em resposta aos argumentos apresentados por Boaventura Sousa Santos na sua defesa pública, tem como objetivo primordial “prestar solidariedade” à ativista Moira Millán, na medida em que estas mulheres reconhecem “o padrão dos assédios” e acreditam no mesmo.
Por se tratar, à partida, de um crime semipúblico, MP não vai abrir inquérito sem a queixa dos titulares
“Costumo dizer que toda académica carrega consigo uma lista de nomes perigosos a se evitar. Eu já fui assediada por professores e boa parte das minhas colegas de profissão poderia dizer o mesmo”, desabafa a investigadora brasileira Gabriela Caruso.
“É um ato miserável de vingança institucional e pessoal”, garantiu o sociólogo.
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra abriu um inquérito sobre as denúncias, de três investigadoras, duas estrangeiras e uma portuguesa.
O sociólogo português não tem dúvidas que hoje o combate pela democracia é cada vez mais urgente com a erupção de regimes “fascistas de novo tipo”.