Muitas questões vão subsistir. Qual o papel da arte em tempos de catástrofe? Que eventos vão sobreviver para lá de 2020? Que políticas culturais a adoptar?
A vida vai mudar. A economia vai mudar. Vamos voltar a viver uma crise, desta vez sem precedentes.
O desembolso de fundos de apoio às empresas e às famílias deve ser feito agora, para acautelarcustos económicos irreparáveis no futuro.
Há que atrair os portugueses para que possam passar as suas férias ‘cá dentro’
As afirmações do Pe. Anselmo Borges são contrárias à doutrina católica. Decorrem de uma conceção como que desencarnada de catolicismo.
Com a esperança de que tenhamos aprendido que só a fraternidade, a solidariedade, a cooperação, o vivermos juntos na diversidade, sem egoísmos, cinismo e incompetência, nos salvam.
No meio do caos, destaca-se a o compromisso, o respeito e a responsabilidade com que os portugueses têm lidado com a pandemia. Em várias situações, antecipando-se até ao poder político ao exigir, por exemplo, a declaração do estado de emergência ou o encerramento das escolas, medidas que acabariam por ser tomadas uns dias depois
Que diferença num país que parecia ser dos últimos guardiões de uma visão absoluta de proteção da privacidade e que recusava o acesso aos serviços de informação dos dados de identificação, localização e tráfego dos telemóveis para prevenir o terrorismo e a criminalidade organizada.
Estes números não são vitórias para o ambiente. Mostram-nos, sim, o quão voraz é o nosso modelo económico extrativista e produtivista, bem como a dimensão das mudanças que temos de empreender se quisermos evitar o ponto de não-retorno climático
São muitas as opiniões que afirmam que, depois da crise do coronavírus, nada será como dantes. Então, como será depois? Mudaremos de comportamento? Colocaremos o coletivo à frente do individualismo? O chamado neoliberalismo terá os dias contados? Apelaremos mais ao intervencionismo do Estado? As teorias keynesianas sairão reforçadas? As políticas sociais públicas terão outra focalização…
Quando as salas fecharam, o cinema perdeu a sua catedral, mas em breve vai chegar à TV e às plataformas. E os conteúdos vão escassear!
Com o encerramento das salas de cinema por todo o mundo, o cancelamento dos festivais, o adiamento das estreias e das filmagens, a própria força que o streaming está a ganhar põe em risco o regresso das audiências quando o vírus for vencido.
Mas adiar significa manter vivos todos aqueles que se viram inibidos de trabalhar por força da proibição. É esta a nossa missão enquanto indústria.
A estranheza dos sítios e das situações que desconhecemos, vai-se vencendo com o dia-a-dia. Procuramos a normalidade no meio do nosso caos interior, tentando agir como se pertencêssemos ao meio que agora nos envolve, sem termos ainda conseguido envolver-nos nele. Um dia que passa, é mais um dia em que avançámos.
A palavra quarentena entrou pelos olhos, pelo nariz de todos, sem saber o que ela significa escrita na carne com a caneta dos dias.
Assistimos já a uma diminuição acentuada do consumo e à falta de liquidez das empresas, ingredientes principais numa recessão económica.
Não foi assim há tanto tempo que o IVA na restauração estava nos 23%, colocando grande parte das empresas destes setores em risco de falência.
A história recente do país já demonstrou que não é com o corte dos rendimentos dos trabalhadores que se promove o crescimento da economia.