António Costa fechou o debate quinzenal com uma cena pouco comum: duas ovações de pé da bancada do PS. Em oposição à oposição, o primeiro-ministro desmontou aquela que tem sido a tese principal de PSD e CDS em relação ao Programa de Estabilidade: a ideia de que haverá um plano B com mais austeridade.
Há quem no PSD acuse, em surdina, o líder de ainda não ter despido o fato de primeiro-ministro. Mas parece que Passos Coelho também anda a confundir o seu sucessor que esta sexta-feira se dirigiu ao seu antecessor como se ainda fosse ele a ocupar o Palácio de São Bento.
Continua a polémica em torno do Orçamento de Estado para 2016 e das contas diferentes sobre o défice estrutural. Esta sexta-feira, António Costa usou o debate quinzenal para acusar Pedro Passos Coelho de ter apresentado em Portugal medidas como os cortes de salários e a sobretaxa de IRS como temporárias, quando em Bruxelas terá dito…
O primeiro-ministro defendeu hoje que está na altura de Portugal se preparar para acolher mais imigrantes e receber de volta os portugueses que emigraram à procura de emprego, porque o pior da crise já passou.
As mensagens escritas de telemóvel podiam ter dominado o debate quinzenal desta quarta-feira. Mas nem o primeiro-ministro nem a oposição quiseram dar explicações sobre os sms que têm feito correr mais tinta nos últimos dias.
O primeiro-ministro defendeu que o Banco de Portugal mostrou hoje que houve uma mudança de paradigma económico, que segue um “modelo virtuoso” assente na recuperação de investimento e não no “modelo estafado” que levou à bancarrota.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, abre hoje o debate quinzenal na Assembleia da República, tendo indicado como tema de intervenção “questões de relevância política, económica e social”.
O líder parlamentar do PS condenou hoje a forma como o primeiro-ministro se referiu ao dirigente socialista João Galamba, enquanto Passos Coelho invocou o deputado do PS Agostinho Santa para rejeitar a partidarização na administração pública.
O PS abre hoje o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República e indicou que pretende questionar Pedro Passos Coelho sobre matérias “económicas, sociais e políticas”.
O PSD abre hoje o debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República e indicou que pretende abordar Pedro Passos Coelho sobre “questões políticas, económicas e sociais”, numa discussão que deverá ser também dominada por temas europeus.
O PS considerou hoje que os mais recentes indicadores económicos e sociais desmentem a “parábola” do primeiro-ministro quando negou ter sido “o mexilhão” a pagar o ajustamento, já que houve um agravamento da pobreza e das desigualdades.
O primeiro-ministro rejeitou hoje que o Governo português, os restantes governos da União Europeia ou a Comissão Europeia sejam responsabilizados se “algum desastre” acontecer à Grécia, defendendo que cada um deve assumir as consequências das respectivas escolhas.
O líder comunista colocou hoje o Governo da maioria “do lado de Merkel” sem assegurar os interesses portugueses, mas o primeiro-ministro voltou a rejeitar qualquer reestruturação da dívida porque Portugal tem de cumprir as regras da União Europeia (UE).
O líder parlamentar do PS afirmou hoje que o primeiro-ministro apresenta uma versão da história recente orçamental que é um conto da “carochinha”, enquanto Passos Coelho contrapôs que a “lição moral” socialista é acrescentar dívida à dívida.
O PS considerou hoje que a situação política do país agrava-se todos os dias com “sucessivas trapalhadas” internas num Governo “isolado” a todos os níveis, mas o primeiro-ministro contrapôs que é preciso coragem para cumprir os objectivos.
“É uma das invenções mais estúpidas que a Assembleia da República fez nos últimos anos”. Era assim que em 2013, António Costa se referia, na Quadratura do Círculo, à solução proposta em 2007 por um grupo de trabalho liderado por António José Seguro.
Os debates quinzenais tal como existem podem ter os dias contados depois das próximas eleições. São cada vez mais as vozes que admitem que ter o primeiro-ministro de quinze em quinze dias no Parlamento não ajuda a esclarecer mais os cidadãos e até contribui para criar ruído.
“Nunca faço favores a ninguém, nem peço favores a ninguém. Nunca o fiz na minha vida”. Foi de forma indignada e numa intervenção para a defesa da honra que Passos Coelho respondeu à porta-voz do BE sobre a venda do BPN ao BIC.