Pela primeira vez em 49 anos, o PSD vai ter de governar em minoria na Madeira, mas Albuquerque consegue sobreviver por falta de alternativa política e, de caminho, afasta o fantasma de Alberto João Jardim
Sobre a solução conjunta de PS e JPP, o representante da República indicou que “não tem qualquer hipótese de ter sucesso na Assembleia Legislativa”.
PSD fica a cinco mandatos da maioria absoluta, o PS mantém o mesmo número de mandatos, o JPP passa de 5 para 9 mandatos e o Bloco de Esquerda e o PCP deixam de ter representação na Assembleia Legislativa Regional da Madeira.
A Madeira prepara-se para entrar num novo paradigma já a partir de domingo. As sondagens apontam para uma geringonça ou para um governo à Montenegro.
O representante da República terminou hoje a audição dos nove partidos com assento na Assembleia Legislativa – PSD, PS, JPP, CDS-PP, Chega, PCP, IL, PAN e BE –, na sequência da exoneração do presidente do Governo Regional
Líderes regionais do PSD e PAN firmaram acordo de incidência parlamentar para quatro anos, que não vincula o CDS. Liberais ficaram de fora, mas Miguel Albuquerque admite ‘acordos pontuais’ com a IL.
Líder do partido que concorreu na Madeira em coligação com os sociais-democratas diz que estrutura regional do CDS-Madeira não teve qualquer participação no acordo com o PAN.
“Este entendimento “não é dar carta branca ao PSD Madeira ou ao Dr. Miguel Albuquerque”, frisa o partido.
Dirigente acusa a deputada eleita de usurpação de funções.
Líder da coligação PSD/CDSjá tinha admitido ao Nascer do SOL que poderia fazer acordo com IL se não conseguisse maioria absoluta nas urnas.
Miguel Albuquerque não revela que apoio terá, mas exclui Chega de qualquer coligação.
“Nós não vamos governar nem a Madeira, nem o país, com o apoio do Chega, porque não precisamos”, disse o presidente nacional do PSD.
Com 23 mandatos, fica a um deputado da maioria absoluta.
Número fica abaixo do registado nas regionais de 2019 à mesma hora.
Rui Rocha termina esta sexta-feira a primeira campanha como presidente da IL.
Em termos políticos, a análise destaca o facto de 2019 ter sido o primeiro ano em que o PPD/PSD não obteve a maioria absoluta nas eleições, ano em que a taxa de abstenção foi de 44,5%, a segunda maior depois de 2015 (50,3%), quando Jardim deixou a liderança.