“O norte está basicamente isolado e não podemos operar ali”, afirmou Antoine Renard, diretor do PAM para a Palestina, advertindo que “o risco de fome é real”.
País enfrenta fome aguda após a pior seca das últimas quatro décadas no país provocada pelo El Niño, que destruiu as plantações e causou escassez de alimentos em toda a região
No que diz respeito ao acesso económico a alimentos nutritivos, as estimativas mostram que mais de um terço da população mundial — cerca de 2,8 mil milhões de pessoas — não podia pagar uma dieta saudável em 2022
A cada duas horas morre uma criança no campo de Zamzam.
Os confrontos levaram a uma guerra civil que causou um número recorde de pessoas deslocadas: nove milhões internamente e 1,7 milhões de exilados, o maior número do mundo neste momento.
“Onde as guerras acontecem, a fome reina”, sublinhou o líder das Nações Unidas.
As crianças representam quase metade dos 57 milhões de pessoas que caíram em situação de crise de insegurança alimentar aguda.
Este estudo revela um aumento de mais 122 milhões face a 2019, apontando fatores como múltiplas crises, incluindo a guerra na Ucrânia, como a razão para este aumento.
O alerta foi feito pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas que revelou que entre 2 a 2,5 milhões de pessoas vão passar fome nos próximos meses, como resultado da violência que continua a assolar o país.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), precisa que “os surtos de doenças voltaram, com mais de 5.830 casos suspeitos de cólera nos 24 distritos afetados pela seca desde janeiro”, sendo que “oito áreas enfrentam alto risco de fome localizada”.
Nos últimos anos, a fome no “país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, salientou a rede brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).
Ernesto Rebelo, de 86 anos, Sofia Magalhães, de 56, e Beatriz Guterres Soeiro, de 22, são três dos cerca de 40 mil voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome que, este fim de semana, participarão na campanha de recolha ‘Seja o próximo a ajudar o próximo’.
A falta de comida ameaça todos, não só os insurgentes. ‘Afeta civis e os próprios militares’, alerta João Feijó.
Antevê-se mais instabilidade nos países em desenvolvimento, com tantos cereais retidos em Odessa. No Sri Lanka há motins, a rua árabe exige pão e agências humanitárias não conseguem enfrentar o aumento dos preços.
‘Temos como principal missão apoiar todos aqueles que estejam em situação de carência socioeconómica’, explica o dirigente da IPSS.