Na primeira fase do acordo, que entrou em vigor no domingo após 15 meses de conflito na Faixa de Gaza, Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo de seis semanas
Ministério da Saúde de Gaza refere que “ainda há vítimas soterradas nos escombros e deitadas nas ruas”.
A libertação de reféns deverá ter lugar pelas 14h00 deste domingo (hora de Lisboa). Outros quatro reféns israelitas serão libertados nos próximos sete dias
“O Hamas está a rejeitar partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel num esforço para forçar cedências de última hora”, acusou o primeiro-ministro israelita esta manhã, num comunicado.
O Hamas e Israel chegaram, esta quarta-feira, a um cessar-fogo, mediado pelo Qatar. A informação foi confirmada por um oficial norte-americano ao Times of Israel.
Os EUA, o Egito e o Qatar passaram o último ano a tentar mediar o fim da guerra de 15 meses e a garantir a libertação de dezenas de reféns capturados no ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023
Pelo menos 31 pessoas foram mortas no norte de Gaza.
“Serão retomadas hoje, sexta-feira, negociações indiretas na capital do Qatar, Doha”, afirmou o Hamas, num comunicado, citado pelas agências internacionais.
Recorde-se que, no passado fim de semana, depois do ataque de Telavive ao único outro hospital do norte da Faixa de Gaza, o Kamal Adwan, a maior parte dos doentes foram transferidos para o hospital Indonésio.
Duas das vítimas mortais eram membros das autoridades, responsáveis por garantir a ordem naquela zona, em especial na distribuição de ajuda humanitária.
A maioria dos detidos foram libertados, mas o diretor daquela unidade hospitalar, o médico Husam Abu Safiya, continua desaparecido.
Recorde-se que, no domingo, cerca de 50 pessoas, incluindo médicos, foram mortas em ataques israelitas nas proximidades do centro hospitalar.
Em comunicado, o canal de televisão Al-Quds Today disse estar de luto pelos “cinco jornalistas martirizados: Faisal Abu Al-Qumsan, Ayman Al-Jadi, Ibrahim Al-Sheikh Khalil, Fadi Hassouna e Mohammed Al-Lada’a, mortos num ataque sionista que visou [um] veículo de transmissão externo”.
“As forças de ocupação israelitas colocaram fora de serviço os três hospitais operacionais do norte de Gaza devido aos ataques contínuos que levaram à interrupção da sua atividade e à sua destruição”, declarou Marwan al-Hams, diretor dos hospitais de campanha do ministério, citado pelas agências noticiosas.
Um dos ataques aéreos teve como alvo um edifício da escola Moussa Ben Nousseir, na qual se encontravam refugiados.
Em causa está uma disputa, que começou no fim de semana, na sequência de Israel ter anunciado o encerramento da sua embaixada em Dublin, depois de a Irlanda se ter juntado ao grupo de países que acusa Israel de genocídio em Gaza, perante o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Durante o mesmo bombardeamento, foram mortos seis outros presumíveis membros do Hamas
Entre os mortos estão quatro crianças.