Caso as duas entidades não cheguem a consenso terá de ser o Governo a estabelecer os serviços mínimos durante e greve, como aconteceu na última paralisação.
“Nunca foi a minha intenção. Compreendo que, não havendo mais nada para atacar, possam atacar com isto e, quando eu fiz o comunicado a aceitar o convite, fi-lo logo esclarecendo isto de uma vez por todas”, afirmou.
A paralisação terá inicio no dia 7 de setembro e irá terminar no dia 22 do mesmo mês.
“Acho que o Estado devia ver os prejuízos que esta situação está a ter. O que vai acontecer nas situações que relatei é a necessidade de se esvaziarem os tanques”, afirmou Pardal Henriques
A 11 dos trabalhadores “já foi feita a devida notificação”, segundo Matos Fernandes que sublinha que primeiro é feita a “notificação do incumprimento e depois é que há a notificação de estarem a cometer um crime de desobediência”
Segundo o porta-voz e advogado do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, os motoristas que aderiram à paralisação estão a ser recrutados para trabalhar, logo, continuam a ser remunerados e não têm nada a perder em continuar em greve.
Coordenadora do Bloco de Esquerda criticou decisão do Governo e diz que requisição civil “não ajuda nada a resolver o problema”.
Se alguém pensa que reage à requisição civil como reagiu aos serviços mínimos, está enganado, porque o quadro legal das duas figuras é diferente”, disse o ministro, Viera da Silva
Veja algumas das fotografias que marcaram o dia de hoje, em Aveiras de Cima, onde está concentrado um dos piquetes da greve.
O encontro tem por objetivo a avaliação da situação da greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas
A reunião está marcada para as 10h da manhã de sábado, no palácio de São Bento.
Durante a conferência, o porta-voz do sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas criticou a atitude do Governo e defende que os serviços mínimos impostos “são uma violação do direito à greve”.
Vieira da Silva, ministro do Trabalho, anunciou que o abastecimento de combustível de todos os postos vai ter serviços mínimos 50% de trabalhadores em cada empresa.
“Se de repente a sociedade se sentir refém da luta, deixa de se identificar com ela e, ao não identificar-se, aqueles que prosseguem fins em muitos aspetos legítimos e justos passam a ter contra si, não o patronato, mas um número muito elevado de portugueses”
“A partir do momento em que a associação sindical tem asseguradas condições para os seus trabalhadores em 2020, 2021 e 2022 e vem convocar a greve, causa um prejuízo desproporcionado a terceiros e ao país”, sublinha o advogado das transportadoras, Carlos Barroso.
Caso os sindicatos aceitem a medida do governo, a greve poderá ser desconvocada e as negociações serão retomadas “num novo enquadramento legal”.
Em causa, está o prolongar da reunião entre o ministro e os sindicatos, que ainda está a decorrer.
As empresas fizeram o anúncio devido à greve dos motoristas de matérias perigosas, marcada para dia 12 de agosto.
Segundo o advogado e o porta- voz da associação, André Matias de Almeida, a reunião falada pelo sindicato de motoristas “é uma farsa que se destina, mais uma vez, a ludibriar a comunicação social e o povo português sobre uma alegada disponibilidade deste sindicato para negociar”.