Em comunicado enviado esta quarta-feira às redações, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) explica que o encerramento está relacionado com a ausência de pediatras.
De acordo com um comunicado divulgado pela ordem esta terça-feira, os números são seis vezes superiores aos do ano passado, altura em que a OE tinha chegado às 1.300 declarações.
Segundo o ministro da Saúde, na sexta-feira, ‘o funcionamento das urgências esteve relativamente calmo’. Porém, o cenário não parece assim tão tranquilo. Com hospitais com falta de serviços de pediatria e com longos tempos de espera.
Em Lisboa, o Hospital de Santa Maria continua a ser aquele onde o tempo de espera é mais elevado. Roque da Cunha, do SIM, diz que Governo tem de tomar medidas.
O tempo recomendado é de 60 minutos.
25 diretores dos serviços do hospital também se demitiram
Hospitais Garcia de Orta, Fernando Fonseca e do Divino Espírito Santo são aqueles em que chefias já se demitiram. “Este grito de alerta deve ser valorizado seriamente pelo senhor ministro”, diz Roque da Cunha, do SIM.
“Estamos desiludidos, sim, mas ficou já marcada uma reunião para 15 de dezembro”, diz Joana Bordalo e Sá, vice-presidente da FNAM, após encontro com o Ministério da Saúde.
Nesta terça-feira, no Hospital de Santa Maria, os doentes com pulseira amarela esperaram 14 horas.
Paralisação está a causar perturbações nos hospitais, na recolha de resíduos e há também várias escolas encerradas.
Dados foram divulgados pela Direção-Geral da Saúde.
“Provavelmente, sendo alguém contratado, não sei se ficará com vontade de voltar a prestar serviço (…) Não sei se continuará a fazer turnos neste hospital”, frisa Maria João Tiago, dirigente do Sindicato Independente dos Médicos.
O SNS está bem posicionado em diversos rankings internacionais. No entanto, continua a debater-se com diversos problemas, como o aumento da mortalidade infantil ou a emigração de profissionais de saúde.
Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, aponta pecados como “uma permanente dissociação da realidade” ou o facto de ter dito “que tinha contratado milhares de profissionais de saúde”.
“A adesão à greve foi muito elevada, nomeadamente em Abrantes foi de 93%, em Tomar de 85% e em Torres Novas cerca de 90%”, informou Helena Jorge, enfermeira do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), à agência Lusa. O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas.
Alerta é de Eugénio Rosa e lembra que Portugal ainda tem verbas por utilizar do Portugal 2020 e utilizou uma pequena percentagem do PRR.
Durante o fim de semana, as urgências obstétricas do hospital de Beja estiveram fechadas durante 24 horas, entre as 8h00 de domingo e as 8h00 de segunda-feira, pelo mesmo problema.
Abriram mais vagas do que candidatos mas 282 novos médicos não ficaram a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde