Setor pede três medidas prioritárias ao Governo: redução do IRC, apoios a fundo perdido e mecanismos financeiros para novos investimentos.
Os problemas são muitos: hotéis em Lisboa com hóspedes infetados, há falta de números sobre os profissionais da cultura, que “têm sido exemplares”. E há infetados trabalham em casa com febre. Na saúde, os problemas não emergentes estão a ser esquecidos.
Encerramento de estabelecimentos exige robustos apoios, diz AHRESP
A falta de trabalhadores está a dificultar a retoma da economia. A pousada de Estremoz ainda não abriu portas. Há unidades hoteleiras a ir buscar trabalhadores ao Brasil. Mas este problemas arrasta-se aos mais variados setores, desde restaurantes à construção civil.
Para a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, o Governo deve investir em medidas como a “aplicação temporária da taxa reduzida de IVA em todos os serviços de alimentação e bebidas”, aponta a associação no comunicado ao qual o Nascer do Sol teve acesso.
Dados fazem parte do mais recente relatório da Intrum.
Expectativa de reservas está abaixo dos 45%, sobretudo devido aos mercados britânico e alemão.
O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal lamenta os apoios atribuídos ao setor e garante que se as unidades tivessem sido fechadas por decreto, as ajudas teriam sido maiores. Neste momento 70% dos hotéis continuam fechados e destes 30% continuam sem data para abrir.
Taxa de ocupação ficou nos 26%, revela AHP.
Rede espanhola Casual Hoteles, com unidades em Lisboa e Porto, já anunciou encerramentos até 2022. Ryanair também está a despedir.
A Ahresp criou o PRE que tem como objetivo analisar a atual situação de cada empresa de restauração e bebidas e do alojamento turístico e encontrar soluções que possam evitar o seu encerramento definitivo.
A taxa de ocupação global média por quarto no Algarve caiu 61,0%em julho, face ao mesmo período de 2019. As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-93,2%), da Irlanda (-90,8%) e Alemanha (-69,9%).
Só este ano, o setor prevê perder entre 3,2 e 3,6 mil milhões de euros. Investidores colocaram um travão nos novos projetos e foram canceladas a abertura de 51 novas unidades.
Mais de 90% das empresas de hotelaria recorreram ao layoff.
A AHP está preocupada com devolução imediata, feita pela Booking, aos clientes dos montantes das tarifas não reembolsáveis – na sequência de cancelamento por motivo de “força maior” – sem acautelar o delay criado pela lei portuguesa e a emissão de vouchers.
Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) está a trabalhar com o Turismo de Portugal e com a Direção-Geral da Saúde (DGS) para ser criado um “selo de garantia sanitária nos hotéis”.
Para a AHRESP, as empresas devem ser apoiadas com dinheiro a fundo perdido, para evitar o sobreendividamento.