Declaração do Presidente aos portugueses é feita dois dias depois de Costa não ter aceitado, contra a vontade do chefe de Estado, o pedido de demissão de João Galamba.
Governo foi recebido com protestos junto ao Mosteiro de Tibães.
João Torres sublinha que ficou clara “a desorientação da oposição e, em particular, do líder do PSD, o doutor Luís Montenegro”
O Partido Socialista, anunciou na manhã desta quarta-feira que vai viabilizar a audição do SIS e do SIRP no Parlamento, mas não pretende que os ministros das Infraestruturas e da Justiça, assim como o ex-adjunto de Galamba sejam ouvidos.
“Digo-o, claramente, comigo e com o PSD, terão um Primeiro-Ministro e um Governo totalmente diferentes”, diz líder do PSD.
“Nunca temo receber um telefonema do Presidente da República. É sempre um prazer”, disse o primeiro-ministro.
Decisão de Costa em manter ministro desafia posição de Marcelo Rebelo de Sousa.
O primeiro-ministro não aceitou a demissão de João Galamba, ao contrário do que defendia o Presidente da República. A decisão de Costa sobre incidente, que admitiu ser “deplorável”, apanhou todos de surpresa. Nas reações dos partidos, há quem fale em humilhação pública de Marcelo, quem continue a rejeitar a dissolução e quem não veja outro…
Presidente da República diz que discorda do primeiro-ministro “quanto à leitura política dos factos e quanto à percepção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.
“Não tenho nenhum indício que procurou ocultar” informações, antes pelo contrário, pois “foi o ministro quem disponibilizou essa informação à comissão de inquérito”, diz António Costa.
Primeiro-ministro saiu ao telefone e não falou aos jornalistas.
Partido de Ventura já tinha requerido audição do diretor do SIS.
Informação sobre o cancelamento surge já depois da reunião entre Costa e Galamba.
Primeiro-ministro deve encontrar-se ainda hoje com Marcelo Rebelo de Sousa.
Frederico Pinheiro foi exonerado na sequência da polémica sobre a entrega de documentos à CPI da TAP.
Ex-adjunto de João Galamba foi exonerado por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades”.
João Galamba desmente Frederico Pinheiro, que acusou o Ministério das Infraestruturas de ter solicitado que fossem omitidas da CPI da TAP as notas que terão sido tiradas na reunião com a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener.