As opiniões dividem-se quanto a um novo aumento das taxas de juros. A ameaça de recessão da economia europeia poderá ditar um novo caminho, mas poderá não ser suficiente para Largarde mudar a orientação e avançar para um novo aumento de 0,25%. As famílias portuguesas vão ter a vida ainda mais complicada.
A presidente do BCE esteve em Portugal e os alertas deixados não foram animadores. Especialistas ouvidos pelo Nascer do SOL analisam o discurso e defendem o que esperar daqui para a frente.
Prestação média fixou-se em 341 euros em abril, mais 10 euros que em março e mais 84 euros que em abril de 2022.
A fórmula de sucesso mantém-se junto dos cinco maiores bancos: pressão nas comissões e redução na estrutura, com menos trabalhadores e balcões.
Opiniões dos especialistas dividem-se, entre 0,25 e 0,5%, mas qualquer que seja a solução vai penalizar quem tem crédito à habitação. Simulações mostram subidas de 100 euros.
Valor médio da prestação subiu nove euros, para 331 euros, valor mais elevado desde fevereiro de 2009.
As perturbações bancárias já estão a dar sinais de alerta e o fim é incerto. Inflação abranda, mas continua a não dar tréguas e analistas admitem que ‘é de esperar a manutenção num patamar demasiado elevado’.
Aumento de juros não se reflete nos produtos de poupança. Portugal continua a ser dos piores países para se investir neste produto.
Analistas antecipam uma nova alta de mais meio ponto percentual na reunião de 16 de março, seguida por uma nova subida na reunião agendada para 4 de maio.
Efeitos, como reflete a Allianz Trade, acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, no estudo recente Rates, not Roses, “fizeram-se sentir nos vários atores económicos, assim como nas várias economias, incluindo Portugal”.
Ao contrário dos Certificados de Aforro, cuja remuneração está indexada à taxa Euribor, os bancos decidem quanto vão pagar de juro dos depósitos a prazo. Para já, acenam com grande liquidez e resistem ao pagamento de juros atrativos.
Valor médio da prestação subiu nove euros, para 288 euros, valor mais elevado desde maio de 2009, revelou o INE.
Aumentos não ficam por aqui: Vão continuar ‘de forma significativa’ e ‘a um ritmo constante’, ‘para assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2%’, avisa BCE.
BCE vai decidir amanhã nova subida das taxas de juros e analistas acreditam que aumento será de 0,50%. Será a quarta vez este ano. Prestação pode subir entre 42 e 115 euros, consoante o valor do imóvel. Este cenário vai manter-se no próximo ano e na primeira reunião marcada para 2 de fevereiro espera-se nova…
Enquanto o aumento dos juros se reflete nas prestações a pagar das casas, o mesmo não acontece nas poupanças. Um cenário que não se repete no Aforro porque ‘beneficia’ com a subida da Euribor e poderá ganhar adeptos.
INE diz que a subida das taxas de juro nos últimos meses “tem levado ao aumento significativo do valor médio da prestação do crédito à habitação”.
BCE garantiu que as famílias com rendimentos mais baixos serão duramente atingidas pela inflação e pelas subidas das taxas de juro. Economistas contactados pelo i não se mostram surpreendidos, mas afastam déjà-vu em relação à troika.
Esta decisão vai afetar inevitavelmente a Europa, já que as importações são pagas em dólares. Euro sai enfraquecido e BCE vê-se obrigado a correr atrás do prejuízo, acenando com mais dois aumentos dos juros até ao final do ano.