Ainda esta madrugada, a defesa aérea ucraniana conseguiu intercetar mais de 30 drones que iam em direção a Odessa e Mykolaiv.
Ontem, um outro ataque levado a cabo pelas tropas russas na mesma cidade matou três civis.
“Durante a noite, um ataque atingiu a ponte de Tchongar. Não houve vítimas”
“A evacuação continua. Sob fogo! A artilharia russa continua a disparar, sem que nada importe. Selvagens”, disse o Presidente da Ucrânia.
Dos civis que ficaram feridos, um deles permanece em estado grave.
O fogo de artilharia de uma margem para a outra do Dnipro tornou-se insuportável. Morreram onze pessoas perto da praça onde os ucranianos celebraram a libertação de Kherson.
Em declarações à CNN, Dmytro Poddubniy, membro do Conselho Municipal de Kherson, afirmou que a cidade é uma das “mais perigosas” neste momento.
Num comunicado divulgado no Telegram, a administração local indicou que o responsável de Lioubymivka – localidade situada na margem esquerda do rio Dniepre – ocupada pelo exército russo e forças russófonas locais –, “morreu tragicamente após a explosão de um automóvel” provocada por “terroristas ucranianos”.
“Os disparos vieram da margem do outro lado do rio Dnieper, onde se encontra o exército russo”, referiu o repórter.
Bombardeamento danificou dois andares do edifício, mas autoridades afirmam que não foram reportados feridos.
Nos territórios libertados em Kherson, as equipas já retiraram mais de 5.000 objetos explosivos.
Com os recursos que tiraram de Kherson, o Kremlin “passou à ofensiva nas direções de Bakhmut, Avdiika e Novapavlivka”.
“A região de Kherson ainda é muito perigosa. Em primeiro lugar, existem minas. Infelizmente, um dos nossos sapadores foi morto e outros quatro ficaram feridos enquanto limpavam as minas”, disse o líder russo.
Depois da retirada dos russos, as forças ucranianas regressaram a Kherson. Mas ainda se receia que se trate de uma emboscada e haja soldados russos escondidos no território.
Recrutas russos cavam trincheiras na outra margem do rio, ao mesmo tempo que tropas mais experientes defendem a retaguarda.
Para o Kremlin perder Kherson, o maior prémio que conquistou, seria uma humilhação. Mas Kiev pede que não se celebre antes da festa.
Ordem foi dada pelo ministro da Defesa russo.
Face à derrota iminente, comandantes russos discutiram o uso de armas nucleares, acusam os EUA. Mas a retirada pode ser uma armadilha.