António Costa dedicou a manhã ao interior, no distrito de Bragança. E foi em Santa Comba da Vilariça que fez uma “combinação” com um agricultor desconfiado. “Eu experimento os seus pêssegos e o senhor experimenta o meu Governo”, disse Costa, depois de o agricultor ter atirado que não acreditava em políticos.
A campanha eleitoral começa amanhã, mas o cansaço parece ser grande. Após os debates, marcados pelo confronto televisivo entre Passos e Costa, acabou-se o tempo da política e começa o tempo do espetáculo. Agora, tudo se decidirá (se alguma coisa houver para decidir) na emoção, no chinfrim, na capacidade de os candidatos mobilizarem o país…
A campanha segue para o Alentejo no segundo dia, mas Passos Coelho não muda o tema. A Segurança Social volta a ser o assunto do dia, mesmo num complexo de produção de azeite às portas de Beja.
António Costa foi prudente nos comentários à vitória do Syriza por maioria absoluta na Grécia e recusou comparações com Portugal. “O que se discute em Portugal não tem nada a ver com o que se discute na Grécia, o que se discute em Portugal é saber que caminho vamos prosseguir a partir de 4 de Outubro”, afirmou o…
No dia em que aceitou receber um grupo de lesados do BES que o esperavam à porta de uma sessão de campanha no Cadaval, Passos Coelho reafirmou estar certo de ter agido da forma mais correta no caso Espírito Santo.
“Nada”. É assim que Passos Coelho responde quando lhe perguntam o que muda na estratégia da campanha para as legislativas a vitória do Syriza na Grécia. Se até agora o país de Alexis Tsipras tem enchido os discursos da maioria e apontado como exemplo a não seguir, a vitória do partido de esquerda neste domingo…
António Costa piscou o olho ao centro e à esquerda num só discurso, apelando ao voto para lá das fronteiras do PS, no maior comício até agora, em Castelo Branco, naquele que foi o primeiro dia oficial de campanha.
1 – Passos Coelho, questionado hoje sobre se aprovaria um orçamento de um governo PS, estando na oposição, respondeu que “Nunca serei oposição ao país”. Fraca memória, Sr. Dr. O último governo de Sócrates caiu devido a uma coligação Bloco – PCP – PSD – CDS, que chumbou o PEC IV. E foi esse chumbo…
“Tenho 80 anos. O meu marido tem 85. Precisamos de ir para um lar. Perdemos 100 mil euros. Tínhamos vendido as heranças que recebemos”. A octogenária não quer que o nome apareça no jornal mas conta a sua história à porta da sessão de campanha que junta Passos e Portas nos bombeiros do Cadaval.
Parecia um passeio de domingo, mas foi o início da campanha oficial. Passos e Portas tiveram a companhia de Paula Teixeira da Cruz, Marques Guedes e Barreto Xavier para uma visita ao centro histórico de Sintra que acabou por ser pouco mais que uma ida à Piriquita para comer queijadas e travesseiros.
O secretário-geral do PS acusou hoje a coligação PSD/CDS-PP de “ameaçar” o modelo social português e contrapôs ao conceito liberal de liberdade de escolha a ideia de “liberdade dos fracos” num sistema de justiça social.
Pedro Passos Coelho atacou ontem António Costa por ter anunciado que não irá viabilizar um orçamento da coligação. Hoje não quis deixar de forma clara a promessa de que aprovará um OE na oposição, mas não deixou de se demarcar da atitude que critica ao seu adversário.
O sprint final faz-se na estrada nos próximos 15 dias. Coligação e PS partem quase empatados para a campanha oficial, conscientes de que qualquer falha poderá ter um custo eleitoral e de que a vitória se joga convencendo os indecisos. De um lado e do outro afinam-se estratégias e identificam-se os trunfos que se devem…
António Costa quer “ganhar de todas as formas”. E aproveitou a gíria futebolística para melhor passar a mensagem.
Com sondagens para todos os gostos, a coligação Portugal à Frente tem um alvo para os 15 dias da campanha que começa este domingo: o eleitorado do centro.