Está em marcha a contraofensiva ucraniana para recuperar aquilo que os russos tiraram. Pode demorar tempo, mas chegar a Mariupol e reconquistar a Crimeia é o objetivo.
Mais de 300 pessoas foram envolvidos na troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, recebeu de braços abertos os soldados responsáveis pela defesa de Mariupol.
A descoberta foi anunciada, na rede social Telegram, pelo conselheiro do ex-presidente de câmara de Mariupol, Petro Andriushchenko, que já não se encontra a viver naquela cidade desde que foi tomada pelos russos.
Não há saída à vista para o bloqueio à exportação de cereais ucranianos. Tendo Kiev avisado que a proposta de um corredor marítimo russo podia servir como esquema para se esgueirarem no porto de Odessa.
O Kremlin precisa desesperadamente de vitórias. E a queda desta cidade, mais a sua gémea, Lysychansk, da outra margem do rio Donets, permite-lhe celebrar a tomada de Lugansk. As rotas de fuga de Severodonetsk, cujo cerco é comparado a Mariupol, estão em risco.
São Petersburgo está “preparada” para ajudar a reconstruir a cidade destruída nos conflitos entre as tropas russas e ucranianas, disse o governador da segunda maior cidade russa.
Segundo explicou o porta-voz do presidente da câmara de Mariupol, que tem feito o ponto de situação da cidade há mais de um mês, “perante a recusa da população, que não quis recolher os corpos, o Ministério de Situação de Emergência russo abandonou o local”, deixando cadáveres nas ruínas da fábrica.
Continuam a ser reportadas novas rendições por parte dos soldados ucranianos na fábrica siderurgica de Azovstal.
Só nas últimas 24 horas foram 694 os combatentes ucranianos que se renderam, segundo o Governo russo. Autoridades ucranianas ainda não se pronunciaram sobre estes números.
Autoridades ucranianas anunciaram a retirada de 264 militares da fábrica Azovstal, último foco de resistência de Mariupol.
É possível ouvir, durante a homenagem, as explosões que ainda se fazem sentir naquela cidade portuária.
Na quarta-feira, a fábrica foi atacada intensamente pelo Exército russo com artilharia pesada, tanques e bombardeamentos.
Segundo o líder ucraniano, não há armamento suficiente para “libertar Mariupol e salvar o pessoal civil e militar”.
Mariupol será palco de marchas do Dia da Vitória, diz Kiev. Retiram-se destroços, corpos e bombas das ruas, enquanto defensores, traídos por um eletricista, combatem nos túneis de Azovstal.
Horas antes de a Rússia anunciar um cessar-fogo a partir de hoje de manhã, o exército ucraniano afirmou que as forças russas estavam “a tentar destruir” os últimos defensores da fábrica siderúrgica de Azovstal.
Na cozinha, estavam abrigadas mais de 100 pessoas, no momento em que ocorreu o ataque das forças russas. Todas morreram.
“Qualquer transporte da Aliança Atlântica que chegue ao país com armas ou meios para as forças armadas ucranianas será visto por nós como um alvo legítimo para ser destruído”, avisa o Kremlin.
“Fomos bombardeados a noite toda (…) duas mulheres foram mortas e agora está a decorrer um ataque a Azovstal”, anunciou o vice-comandante do regimento Azov, Sviatoslav Palamar, ao site de notícias Ukrainska Pravda.
Sobreviventes de Mariupol vão chegando, mas centenas ainda estão debaixo de Azovstal. Há ucranianos a ter de regressar às suas cidades, mesmo sabendo que os russos lá estão, e em Kherson resiste-se à introdução do rublo.