“Ao preferir investir na TAP e nos bancos, este Governo mostra que não tem como prioridade o SNS. Não recebemos lições de resiliência de quem quer que seja nem desculpas não sentidas”, garante Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.
Durante uma audição na Comissão Parlamentar da Saúde acerca da situação no Centro Hospitalar de Setúbal, Marta Temido foi questionada sobre a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde e o recurso às horas extras, ao que respondeu ser necessário contratar médicos com características de “resistência” e “resiliência”.
A ministra da Saúde considerou a “coesão nacional” como um fator determinante para o atual contexto pandémico do país.
Para a ministra da Saúde, o objetivo é “não voltarmos” ao momento mais crítico da pandemia, vivido nos primeiros meses do ano. Temido anunciou que faixas etárias abaixo dos 18 anos irão receber vacina no final de agosto.
As informações sobre as metas para atingir a imunidade de grupo devem ser reavaliadas “face àquilo que é a própria dinâmica da transmissão da infeção e a emergência de novas variantes”, apontou a ministra da Saúde.
“Não é possível garantir que o futuro seja desta ou daquela maneira”, destaca.
Marta Temido sublinha que Portugal é dos paises que mais testes realizou.
“Desde o início desta semana que esses números vêm subindo, conseguindo de facto seguir a outra medida que é essencial [para controlar a disseminação do novo coronavírus] que é rastrear e isolar precocemente”, destacou a ministra da Saúde.
A ministra confirmou ainda a continuação do programa de rastreios nas escolas, mas também noutras áreas de atividade, e a aposta do Governo nos testes rápidos, por exemplo, nas farmácias.
“Serem vacinados na primeira fase é uma decisão que está a ser equacionada”, afirmou a ministra.
Ministra da Saúde destaca melhoria de indicadores mas sai da reunião do Infarmed com notas de preocupação com sinais de relaxamento de confinamento, internamentos e variantes.
A ministra da Saúde disse que esta hipótese esteve sempre presente nas discussões entre os estados-membros da UE, mas ainda existem “muitas incógnitas relativamente ao desenvolvimento a longo prazo deste processo”.
“O que é facto é que a capacidade produtiva destas companhias não está a responder ao nível que desejaríamos”, confessou a ministra da Saúde.
“Não podemos continuar a lidar com este número de infeções, o sistema de saúde não aguenta este nível de infeções. Este é o ponto principal. A resistência dos profissionais de saúde e a resistência humana têm limites”, sublinhou Marta Temido. Encerramento de escolas deve entrar em vigor já a partir de sexta-feira.
Marta Temido deixou um aviso e um apelo ao mesmo tempo, no encerramento do debate na Assembleia da República.
Ministra da Saúde, Marta Temido, assistiu ao inicio da vacinação no hospital Curry Cabral e apelidou a vacina de “sinal de esperança e de união de esforços para ultrapassar aquilo que ainda está por vir”. 4.828 profissionais de saúde já estão vacinados.
No domingo, a governante vai estar no Centro Hospitalar Universitário do Porto, onde a primeira vacina será administrada.
Primeiro lote, com 9.750 doses, chegou este sábado a Portugal