Antigo presidente do banco condenado a 12 anos de prisão e ex-ministro da Saúde a seis anos. Defesa de Arlindo de Carvalho já anunciou que vai recorrer da decisão. Ricardo Oliveira foi o único absolvido.
Desde a sessão inaugural do julgamento, até à leitura da sentença, o caso BPN arrastou-se por seis anos e cinco meses. No final, o homem que deu rosto ao banco – Oliveira Costa – foi condenado a 14 anos de prisão efetiva.
De origem modesta, como Cavaco, este homem de Aveiro trepou dentro do aparelho do PSD, chegou ao governo, fez a reforma fiscal imposta pela adesão à CEE e rapidamente entrou na banca: Banco de Portugal, Finibanco e o fatídico BPN.
O julgamento do caso BPN terminou com a condenação a penas de prisão efetiva para os quatro principais arguidos. Oliveira Costa, o rosto mais conhecido, apanhou a pena mais pesada.
O Tribunal Central Criminal de Lisboa condenou hoje 12 dos 15 arguidos no caso BPN.
O juíz presidente do coletivo que julga o caso BPN, que tem como principal arguido Oliveira Costa prosseguia às 16h15 a leitura da matéria de factos provada de um acórdão que tem mais de 1500 páginas.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou o fundador do BPN, Oliveira Costa, ao pagamento de 100 mil euros, por violação, a título doloso, do dever de prestar informação devida aos clientes do banco, entre outras infracções.
O julgamento do antigo ministro da Saúde Arlindo de Carvalho e do ex-banqueiro Oliveira Costa, por burla, abuso de confiança e fraude fiscal, num processo extraído do caso BPN, começa hoje na instância criminal de Lisboa.