Ministro da Defesa, CEMGFA e CEME foram ouvidos esta sexta-feira no Parlamento sobre as suspeitas de tráfico de droga, ouro e diamantes por militares e ex-militares portugueses.
O ministro da Defesa Nacional, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e o chefe do Estado-Maior do Exército vão ser ouvidos sexta-feira no Parlamento sobre operação.
Os requerimentos para a audição foram apresentados na semana passada pelo PSD e pelo Bloco de Esquerda e foram, esta terça-feira, aprovados com votos de todos os partidos com representação na comissão de Defesa Nacional: PS, PSD, BE, PCP e CDS-PP.
Em causa está uma audição do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, no Parlamento devido à Operação Miríade – que investiga o caso de tráfico de diamantes, ouro e droga por parte de militares portugueses em missões humanitárias na República Centro-Africana (RCA).
O chefe de Estado destacou que “não é um ou dez casos” que possam vir a acontecer que vão abalar a reputação dos militares portugueses, aludindo à Operação Miríade.
Paulo Nazaré quando saiu das Forças Armadas, em março de 2018, decidiu criar e liderar uma rede criminosa, não tendo outra ocupação profissional lícita e remunerada, indica o inquérito.
O Presidente da República recusa-se a avaliar o caso do tráfico de diamantes por militares portugueses, visto que a investigação se encontra em segredo de justiça.
PSD e Bloco de Esquerda apresentaram hoje na Assembleia da República pedidos de audição urgentes para interrogar ministro da Defesa sobre o caso de contrabando de diamantes, ouro e estupefacientes por militares portugueses.
Para os bloquistas, há “duas questões que importa esclarecer” sobre as suspeitas de uma rede criminosa de tráfico de diamantes, ouro e estupefacientes de militares portugueses na República Centro-Africana.
Adão Silva revela uma “perplexidade imensa” por Gomes Cravinho ter omitido “uma informação de tamanha importância e responsabilidade, que forneceu às Nações Unidas”. “Teve um comportamento de deslealdade em relação ao primeiro-ministro e em relação ao Presidente da República”, frisou.
Amanhã será retomada a diligência pelo juiz Carlos Alexandre, onde serão conhecidas as medidas de coação por parte do Ministério Público (MP) e as alegações dos advogados de defesa. Depois serão apresentadas as medidas de coação pelo juiz de instrução.
O Presidente da República não recebeu informação sobre o caso devido a “pareceres jurídicos”, que entenderam que “não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou parlamento”.
Segundo apurou o i junto de forças policiais, elementos de gangues das zonas suburbanas de Lisboa têm vindo, ao longo dos últimos anos, a infiltrar-se nas Forças Armadas (FA) e a utilizar as missões portuguesas em países em guerra para fazerem tráfico de diamantes, ouro e droga. Depois de o caso ecoar no olhar público,…
Membros de gangues terão infiltrado as Forças Armadas para formar redes de tráfico de droga, ouro e diamantes. As ligações com países ‘instáveis’ como a RCA são o objetivo, e a rede pode chegar à PSP e à GNR.