As diligências realizadas esta terça-feira pelas autoridades francesas foram acompanhadas pelo procurador Rosário Teixeira, à distância, e por uma equipa de uma dezena de elementos da Direção de Finanças de Braga, liderada pelo inspetor da Autoridade Tributária Paulo Silva
Defesa de Hernâni Vaz Antunes apresentou requerimento a pedir a nulidade do despacho que confere à Autoridade Tributária e Aduaneira a faculdade de proceder a quaisquer diligências e investigações. Recursos não têm tido resposta e processo não sobe ao Tribunal da Relação.
Advogados de Hernâni Vaz Antunes argumentam que a investigação dos crimes de branqueamento e corrupção compete à Polícia Judiciária e não à Autoridade Tributária, o que tornaria as provas nulas. Recurso para o Tribunal da Relação foi acompanhado de um parecer de Germano Marques da Silva.
Foram apreendidas 18 viaturas avaliadas em 11 milhões. Gabinete de Administração de Bens não diz onde estão nem em que estado.
MP suspeita que empresas de Hernâni Vaz Antunes usaram dinheiro de negócios com a Altice para comprar imóveis da operadora, vendendo-os com lucros de milhões. Defesas diz que transações foram normais.
O Ministério Público acredita que só em sede de IRS a filha de Hernâni Vaz Antunes obteve benefícios indevidos que se aproximam dos três milhões de euros. Revelação consta da resposta do procurador Rosário Teixeira ao recurso da empresária que pede a devolução da caução de 500 mil euros. Operação Picoas realizou-se há dois anos.
O Ministério Público diz que só uma firma do universo empresarial de Hernâni Vaz Antunes tem créditos a receber do Grupo Altice que ultrapassam os 40 milhões. Para já, a Edge Technology interpôs duas ações a reclamar o pagamento de 430 mil euros. Outras irão seguir-se. Prazo para a conclusão do inquérito já foi ultrapassado.
Hakim Boubazine, ex-diretor da Altice nos EUA e homem forte na República Dominicana, foi uma das mais de 200 vítimas mortais do desabamento de uma discoteca em Santo Domingo.