sobreviver é hoje uma questão de sorte, mas também de inteligência, ou seja, não facilitar a vida a quem nos quer fazer mal. Para isso é necessária tecnologia moderna e pessoas especializadas nessas técnicas que tenham, ao mesmo tempo, qualidades humanas, de nível elevado e ética e deontologia profissionais.
Queremos que a autoridade investigue bem, mas criticamo-la quando demora. Queremos justiça firme, mas aceitamos que ela tenha prazos de validade, amiúde, bem curtos.
A decadência da Europa deve-se à falta de coragem política para enfrentar mitos ideológicos, ambientes adversos, mas, sobretudo, interesses enraizados.
Portugal precisa de uma revolução moral e económica: substituir o Estado gastador por um Estado responsável. O país não precisa de mais despesa, mas de mais verdade, rigor e coragem política.
As preocupações da humanidade com a defesa do ambiente são suficientemente recentes para serem posteriores à codificação do Direito Internacional Humanitário (DIH), ou seja o conjunto de regras jurídicas que obrigam todos os Estados (e também os actores não estatais) quanto à forma de proceder em conflitos armados.
Existirá apenas uma frase feita que resiste ao tempo – não é consolo, oração ou profecia – e diz tudo o que há para dizer quando já não podemos com clichés. “Não há pachorra”.
Foram os analfabetos que despertaram em mim o gosto pela leitura, o pensamento crítico, a compreensão do mundo, o conhecimento, a cultura…
Temos de voltar à estrada com o critério do espanto. Precisamos da grande angular, mas só perscrutando uma estória sem rede somos levados ao pormenor que espanta. De nada nos serve o plano aberto sem o plano de pormenor.
Nestes tempos mais exigentes, precisamos de uma luz que nos guie antes do silenciar do livre pensamento.
Reféns da monotonia que tudo uniformiza, os ocidentais de hoje são os ocidentais de ontem, assim parece. Seremos?
Um dos motivos do fracasso da COP-30 foi que Lula da Silva, como anfitrião do encontro, gerou uma pauta estranha a uma política mundial de defesa ambiental.
O mundo social parece mais estreito e mais nosso, mas objectivamente ele continua distante, cinzento, silencioso e indiferente ao nosso viver. Os media, as plataformas digitais com as suas redes patrocinam essa ilusão e essa ficção de vida globalizada e comum.
Três décadas depois do célebre artigo de Paulo Mendo, a história repete-se: mudam os protagonistas, permanecem as mesmas resistências e os mesmos reflexos.
As migrações não são apenas movimentos de pessoas ou bens, mas sim catalisadores de transformação global: podem ser motores de progresso ou veículos de risco.
Os algoritmos mostram-nos sobretudo o que confirma as nossas crenças, criando câmaras de eco onde cada grupo reforça as próprias convicções e demoniza o opositor. Discordar deixa de ser diferença de opinião e passa a ser ameaça identitária.
A sensação de insegurança vai crescendo, precisamente, na medida inversa da diminuição da esperança num futuro melhor.
Ao invés de fomentar produtividade e inovação, as mudanças propostas parecem ter um potencial preocupante de intensificar a precariedade e, com ela, fenómenos de “lambe-botismo” e seguidismo dentro das organizações.
Estes “Griefbots” simulam então a presença e/ou a comunicação com pessoas que morreram, recorrendo aos dados que deixaram – mensagens, vídeos, voz, publicações em redes sociais – para gerar respostas que imitam o seu modo de falar e de se comportar.