Rui Rio venceu as eleições diretas do PSD, frente a Paulo Rangel, e agora é o vai ou racha para as legislativas.
A eleição decorreu em todo o país entre as 14h00 e as 20h00.
Almoço decorreu após uma entrevista em que Moedas recusou anunciar quem apoiava nas diretas ao PSD
Rui Rio e Paulo Rangel foram entrevistados individualmente, no canal público.
De manhã, a sede foi a casa dos rioístas; à tarde, dos rangelistas. Tudo oficialmente a postos para sábado.
Quer vença Rio ou Rangel, será improvável que tudo fique na mesma e que o vencedor consiga arrumar a casa até ao Congresso, a tempo de se apresentar, de ‘alma lavada’, nas legislativas.
Com os cadernos eleitorais quase fechados, as duas candidaturas dizem-se confiantes. Rangel faz campanha mais convencional enquanto Rio aposta em call centers.
Há 46.029 militantes com a quota de novembro válida para votar.
Nuno Morais Sarmento, vice-presidente do PSD, decidiu “não tomar partido” de um ou outro candidato, uma vez que nas eleições diretas, marcadas para 27 de novembro, estarão “dois amigos, qualquer deles com competência para ser primeiro-ministro”.
Rio foi a Aveiro ver passar o barco de Rangel. Diretas serão a 27 de novembro e congresso de 17 a 19 de dezembro. Pinto Luz acusa Mota Pinto de parcialidade e de atitudes “persecutórias”.
Proposta de Paulo Rangel foi aprovada. Votação só estará aberta a militantes com as quotas em dia.
Não há, no entanto, ainda um acordo sobre a data das eleições diretas.
Na ótica do líder dos sociais-democratas, é “um disparate misturar umas eleições internas com as legislativas”.
Sobre viabilizar um governo do PS minoritário ou aceitar apoio do partido, Rangel defende que irá “trabalhar para o PSD liderar uma maioria estável no Parlamento”.
Rio e Rangel falam de ‘interesse nacional’ para justificar posições completamente opostas. Marcelo também o invoca, mas para explicar que este não se deve subjugar à vontade partidária.
Disputa interna entre o atual líder do PSD e Paulo Rangel foi alvo dos comentários de Marques Mendes.
Importa, finalmente, que se instale algum bom senso na vida interna do PSD. Houve precipitação na marcação das diretas sem ponderar a chamada de atenção sobre a probabilidade de início de uma crise política, na criação de episódios equívocos que envolveram o Presidente da República e nas confusões intencionalmente lançadas sobre as intenções do líder…
O Presidente da República fez as contas para eleições em janeiro. Agora, parece mostrar abertura para fevereiro.