“Penélope está de partida” é um livro escrito de costas para a narrativa épica de Homero. Tem um pé na epopeia clássica, outro na modernidade. Oferece-nos um muito admirável puzzle dramático a que não faltam peças que investem contra o velho figurino da passividade feminina.
erimónia fúnebre está marcada para domingo no Tanatório de Matosinhos. O velório realiza-se este sábado, a partir das 17 horas, na Capela do Corpo Santo.
‘A poesia é a maior ameaça ao seu governo, senhor presidente. Os outros opositores dizem o que pensam, são previsíveis, podemos controlá-los. Os poetas, não’.
O livro ‘Amor em Folhas’, de Ernesto Dabo, assume o merecido lugar no altar supremo, constituindo uma ferramenta essencial para ultrapassarmos estes momentos desumanos
António Carlos Cortez evoca o poeta e amigo:_“Acho que com a morte do Gastão se fecha um ciclo da poesia portuguesa”.
No centenário da grande figura do neo-realismo português, fica claro que este poeta e romancista foi quem melhor interpretou a urgência de uma arte que se empenhasse em resgatar o homem a essa transformação em mero escravo da produtividade ininterrupta e da destruição que se segue.
Os militares da Guarda costumam visitar os utentes de um centro de dia em São Manços, Évora.
Da mesma forma que houve poesia depois de Auschwitz, Holodomor ou Srebrenica, também a haverá depois da Pandemia – pois enquanto houver Homem, haverá poesia.
Morreu em Barcelona, aos 82 anos, vítima de um linfoma um dos grandes poetas europeus do último século. Criador de uma obra plenamente bilingue, em catalão e castelhano, Margarit ganhou prémios como o Reina Sofía de Poesia e o Cervantes, em 2019.
O pensador que preferia falar de si através da admiração que nutria pelos outros deixou-nos aos 97 anos. Velá-lo será uma longa tarefa.
Num gesto enfático de quem puxa o pano de uma coluna que não estava propriamente oculta, gesto a que se chama descerrar o monumento, surgiu entre nós um livro de ensaios de crítica literária com a pretensão de firmar a lista das listas. Mas “O Cânone” não traz grande novidade no que toca à eleição…
Depois de uma sucessão de polémicas e escândalos, este ano a Academia Sueca escolheu uma poeta norte-americana discretíssima, desconfiada da consagração, e cuja obra recolhe entre os antigos, nos mitos, esses fragmentos, estilhaços das estátuas dos deuses, para construir a sua casa.
“Descobre aquilo que amas e deixa que te mate”, escreveu o autor nascido há cem anos, e que, depois de uma vida de abusos e humilhações, só aos 50 anos emergiu do anonimato para se transformar no mais lido e imitado poeta dos nossos dias, e uma figura mítica de uma Los Angeles que não…
“Apresentação do Rosto”, livro publicado em 1968 e que viria a ser renegado, com o autor a decompô-lo e alimentar-se dele ao longo de décadas e em obras posteriores, regressa agora às livrarias por decisão da viúva, que assim lhe desfigura o retrato nos seus movimentos e na veemência das suas rejeições e silêncios.
Jorge e Mécia de Sena. Na perseguição da liberdade e na democracia, na abundância criativa e na escassez, na “escrita da felicidade” e no desalento , nos dias fastos e nefastos, na união e na ausência. Todos os dias da vida de Mécia, terminada, aos 100 anos, no passado dia 28 de Março
Aos 90 anos, um dos maiores intelectuais europeus do último século ganha uma antologia em português que é um gesto de homenagem e encontro numa língua apontada ao futuro.