Rui Rio e Paulo Rangel foram entrevistados individualmente, no canal público.
De manhã, a sede foi a casa dos rioístas; à tarde, dos rangelistas. Tudo oficialmente a postos para sábado.
Quer vença Rio ou Rangel, será improvável que tudo fique na mesma e que o vencedor consiga arrumar a casa até ao Congresso, a tempo de se apresentar, de ‘alma lavada’, nas legislativas.
Com os cadernos eleitorais quase fechados, as duas candidaturas dizem-se confiantes. Rangel faz campanha mais convencional enquanto Rio aposta em call centers.
Há 46.029 militantes com a quota de novembro válida para votar.
Rui Rio acredita que “em matéria de Saúde, o Governo do PS, que agora cessa funções, falhou”.
Ventura diz que o PSD desrespeita o Chega nacional e regionalmente, pelo que não merece mais o seu apoio.
Quanto a acordos com o Chega no continente, o presidente do PSD reiterou que tem rejeitado quaisquer coligações com o partido de extrema-direita, visto que André Ventura só admite acordos com o partido no Governo. Para Rio, “há uma incompatibilidade”.
Nuno Morais Sarmento, vice-presidente do PSD, decidiu “não tomar partido” de um ou outro candidato, uma vez que nas eleições diretas, marcadas para 27 de novembro, estarão “dois amigos, qualquer deles com competência para ser primeiro-ministro”.
Líder já prepara programa e listas de candidatos à AR e ganhou pontos com a afirmação ‘Rangel não está preparado para ser primeiro-ministro’. Os rangelistas demoraram a reagir.
“Quem foi a eleições 30, 60 ou 90 dias depois de ter chegado não teve tempo de se afirmar”, considerou.
Rio foi a Aveiro ver passar o barco de Rangel. Diretas serão a 27 de novembro e congresso de 17 a 19 de dezembro. Pinto Luz acusa Mota Pinto de parcialidade e de atitudes “persecutórias”.
Proposta de Paulo Rangel foi aprovada. Votação só estará aberta a militantes com as quotas em dia.
Não há, no entanto, ainda um acordo sobre a data das eleições diretas.
O objetivo é que os “cadernos eleitorais sejam completamente abertos”. A medida abrangerá cerca de 80 mil sociais-democratas. Alberto João Jardim manifestou-se contra a realização de eleições internas no partido antes das legislativas.
Na ótica do líder dos sociais-democratas, é “um disparate misturar umas eleições internas com as legislativas”.
Sobre viabilizar um governo do PS minoritário ou aceitar apoio do partido, Rangel defende que irá “trabalhar para o PSD liderar uma maioria estável no Parlamento”.
Líder dos sociais-democratas diz que o partido vai “tentar ao máximo minorar o prejuízo ou, ao contrário, o benefício que o PS tem”.