Deixada ao cuidado de uma ama aos quatro anos, cresceu no meio de brancos, em Almada, e em criança chegou a encher uma banheira de lixívia depois de lhe ser sugerido que assim teria uma pele igual aos demais.
Era tímida e cantava baixinho, mas a sua voz fazia-se ouvir como quem canta o infinito. Dividia o coração entre Portugal e Cabo Verde, cantava o otimismo, só queria boa vibe e relativizava tudo o que podia. Agora, ela própria é o “ponto de luz”.
“Quem quer um pedido de desculpas público põe a mão no ar?”, escreveu a cantora, após Margarida Rebelo Pinto ter dito que não era “dada a etnias”
Cantoras portuguesas concorrem na categoria de “roots album”.
Sara Tavares é tímida. Fora dos palcos, entenda-se. Fala baixinho, mas fala bonito, assim como as letras das suas canções. Mas falar bonito e baixinho não é sinónimo de falar sem mensagem, nem missão, ou sem agruras. Está a menos de três meses de fazer quarenta anos.
Novo single tem a participação do angolano Toty Sa’Med.