Depois de semanas de negociações, a TAP conseguiu chegar a acordo com representantes dos trabalhadores. Acordo é “duro e exigente”.
Governo e TAP chegaram a acordo com quase todos os sindicatos de trabalhadores. ‘Corte’ de salários só a partir de 1.330 e documento omite despedimentos anunciados a Bruxelas.
Tal como o Nascer do Sol adiantou em primeira mão, Governo, TAP e plataforma de oito sindicatos fecharam acordo. Fonte próxima do processo de negociação entre Governo, TAP e sindicatos que representam os trabalhadores de terra garantiu ao i que “se chegou a um texto que as partes consideram aceitável”.
As reuniões entre TAP e sindicatos seguem sem acordo. Siza Vieira defende opção de salvar companhia mas quer solução de viabilidade.
“A falta de meios humanos, de camas e até de oxigénio tem levado à acumulação dos doentes em maca, à porta dos hospitais e nas ambulâncias”, denuncia sindicato dos médicos.
No âmbito da declaração da TAP como empresa em situação económica difícil – que, na prática, suspende os acordos de empresa –, o Sindicato de Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema) recorda que Governo e companhia aérea “se comprometeram a negociar com os sindicatos e a recorrer, preferencialmente, a acordos amigáveis e não a soluções unilaterais”.
TAP quer alcançar uma nova plataforma de entendimento com os trabalhadores. Os encontros com sindicatos estão agendados para a próxima semana.
Sindicatos posicionam-se contra o facto de o Novo Banco querer que o aumento de salário seja absorvido no valor da remuneração complementar e isenção de horário.
Frente comum está contra proposta do Executivo.
O sindicato dos pilotos o dedo ao ministro Pedro Nuno Santos. “As intervenções públicas do senhor Ministro das Infra-estruturas e Habitação e as informações divulgadas pelo ministério têm estimulado esta campanha de desinformação que em nada contribui para a credibilidade e estabilidade da TAP”, lê-se em comunicado.
Associações sindicais pedem maior rapidez ao Governo na entrega das listas de infetados com covid-19 às forças de segurança.
Mil vagas para cursos de novos agentes não foram preenchidas. Sindicatos exigem medidas rápidas ao Governo e falam de baixos salários.
Sitava chama a atenção para as consequências de se manter a redução de horário na TAP, por, pelo menos, mais um mês. “Temos consciência que nesta altura há já muitos trabalhadores a passar momentos de grande constrangimento e até de alguma privação”, denuncia o sindicato.
Os sindicatos dizem que não vão admitir que os trabalhadores sejam colocados sob “pressão” e “ameaça”.
Sitava teme que saída “temporária” de Humberto Pedrosa (e do seu filho) fragilize comissão executiva da companhia aérea.
Para a CGTP, “os trabalhadores têm direito a negociar”, enquanto a UGT acusa Governo de desrespeitar os direitos sindicais de participação na elaboração da legislação laboral.
Na reunião com Pedro Nuno SantosAs organizações representativas dos trabalhadores adiantam ainda que “da parte destes sindicatos, tudo faremos para defender os postos de trabalho e os acordos de empresa”.
Sete sindicatos criticam a solução encontrada pelo Governo para “salvar” a TAP – um empréstimo do Estado de até 1,2 mil milhões de euros, que inclui um plano de reestruturação – por considerarem que o Executivo “não desejou nem se preparou” para conseguir recorrer aos fundos de auxílio europeu no âmbito da pandemia.