Vimos ainda os restos da grandeza do passado, antes de nos despedirmos de vez do deserto sírio. A decadência espalha-se, e onde nós contemplámos ruínas outros verão apenas areais solitários. Um viajante do futuro, vindo de muito longe, poderá enterrar os pés na areia, e enrolar-se numa bandeira que em tempos representou a Síria. Irá…
O desenvolvimento das nações não depende nem das riquezas naturais nem dos governantes: depende do povo. É isso que a História nos ensina e os exemplos são inúmeros
Só em Damasco e arredores, 55 pessoas foram mortas pela detonação destes “restos de guerra”, incluindo oito crianças e cinco mulheres
Com a queda de Assad, o vácuo de poder criado num país altamente fragmentado alimenta as preocupações. Ainda assim, parece existir esperança.
As ditaduras no mundo árabe têm sido uma constante. A sua queda acaba por ser inevitável, independentemente dos fatores que a ela conduzam, e os países acabam por mergulhar no caos e na instabilidade sem perspetivas de um futuro estável.
Cristãos na Síria estão em risco e com medo. Guerra, perseguição religiosa, pobreza e autoritarismo forçaram a sua fuga, sendo hoje apenas 3%. Forças rebeldes jihadistas agora no poder relembram o pesadelo recente e o medo voltou.
Bashar al-Assad caiu e a Síria entra numa nova era. Um jogo complexo de interesses de vários intervenientes entra numa nova etapa, com Israel e Turquia a digladiarem-se pelo aumento de influência regional.
O politólogo tem “grandes dúvidas que haja salvação para a Síria nas mãos destes grupos terroristas” e diz que o HTS vai mudar a antiga ditadura por uma outra ainda mais grave
A rapidez do golpe rebelde foi surpreendente. Ainda assim, uma análise dos antecedentes e da conjuntura mostra que o colapso do regime de Assad era apenas uma questão de tempo.
A dinastia Assad chegou ao fim, 53 anos depois. Rebeldes lançaram operação-relâmpago e a Síria vira a página. Porém, seguem-se tempos de incerteza.
Portugal vai aguardar até que a CE se pronuncie sobre uma proposta apresentada por Lisboa e Berlim para coordenar a resposta europeia e evitar discrepância que possam levar a “movimentos secundários”
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Israel fez mais de 300 ataques aéreos contra a Síria desde que a oposição tomou Damasco.
Ao fim de mais de cinco décadas, o regime da família Assad chegou ao fim. A operação dos rebeldes marca um virar de página no país, mas o futuro é incerto.
Regime russo ofereceu asilo político a Bashar al-Assad e à família.
“A ditadura de Assad causou imenso sofrimento. Com seu fim, surge uma nova oportunidade de liberdade e paz para todo o povo sírio”, disse António Costa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, realçou este domingo, numa mensagem publicada no x, que a transição deve também ser “inclusiva”, na linha da resolução 2254 do Conselho de Segurança, e que o povo sírio “tem direito à paz”.
“O tirano Bashar al-Assad fugiu (…) proclamamos a cidade de Damasco livre”, anunciou a coligação de grupos rebeldes, em mensagem publicadas na plataforma Telegram.
As feridas da Guerra Civil Síria estão novamente abertas. Os rebeldes já controlam Alepo e Hama. Assad tenta resistir.
Uma coligação de grupos rebeldes lançou na quarta-feira uma ofensiva relâmpago mortal no norte da Síria