A mais alta instância judicial venezuelana aceitou o pedido do presidente reeleito e irá certificar os resultados das eleições de domingo, contestados pela oposição e não reconhecidos por parte da comunidade internacional.
“Nicolás Maduro comunicou-nos em 29 de julho que expulsava os diplomatas argentinos, dando-nos 72 horas a partir dessa data para abandonar o território venezuelano sem considerar a redução de voos. Vamos cumprir com o prazo dessa ordem nesta quinta-feira”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina.
Pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nas manifestações.
De acordo com as informações, que estão a ser avançadas nas redes sociais, Freddy Superlano, coordenador político do partido Voluntad Popular, foi “sequestrado”.
Maduro diz que 90% dos manifestantes estão drogados ou armados. Embaixada portuguesa recomenda que se evitem deslocações desnecessárias.
Da direita à esquerda, grande parte da comunidade internacional pede verificação dos resultados que deram uma vitória tangencial a Maduro.
Os comunistas repudiam as “manobras de ingerência nas eleições” e destacam que as eleições na Venezuela “constituíram uma importante jornada democrática, em que participaram milhões de venezuelanos e cujos resultados reafirmaram o apoio popular ao processo bolivariano”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros “saúda a participação popular e considera ser necessária a verificação imparcial dos resultados eleitorais na Venezuela”, lê-se numa mensagem publicada na rede social X.
Os resultados foram anunciados depois de contados 80% dos boletins de voto e 59% dos eleitores terem comparecido às urnas.
Representantes europeus tinham sido convidados pela oposição de Maduro.
Mais de 21,6 milhões de venezuelanos são chamados a votar nas presidenciais venezuelanas de domingo, nas quais concorrem dez candidatos.
O discurso de Maduro tem subido de tom nos últimos dias, tendo chegado a advertir que poderia ocorrer um “banho de sangue” na Venezuela se o chavismo não vencer as eleições
Para além de quatro desaparecidos, foram ainda afetadas 8000 habitações.
Detentor do recorde mundial do Guinness World Records desde maio de 2022.
As detenções são também mais um prego no caixão do Acordo dos Barbados, no qual os Estados Unidos se comprometeram em levantar sanções aos setores do petróleo e do gás venezuelanos em troca da garantia de Caracas que levaria a cabo um processo eleitoral democrático.
Missão da ONU destacou que, em janeiro de 2024, Maduro pediu para “ativar a Fúria Bolivariana”
A DW publicou uma reportagem sobre corrupção que acusa políticos do alto nível da Venezuela de envolvimento no narcotráfico, na mineração ilegal e em extorsão
María Corina Machado acusa ‘Maduro e o seu sistema criminoso de escolheram o pior caminho: umas eleições fraudulentas’.