Marcelo só se pronuncia sobre o fim dos vistos golds quando este for aprovado

Sobre a criação de um visto para nómadas digitais, o chefe de Estado defendeu que a vantagem de atrair aqueles que são o futuro é “indiscutível”.

O Presidente da República lembrou, esta sexta-feira, que o fim dos 'vistos gold' é uma questão que tem sido sucessivamente adiada em vários Orçamentos do Estado e que, por isso, prefere pronunciar-se apenas quando e se o Parlamento o aprovar desta vez.

"Foi aprovado [o fim deste regime] em sucessivos Orçamentos do Estado e depois adiado, não me vou pronunciar sobre a reformulação. É uma questão que o parlamento terá de votar e, depois, quando chegar às minhas mãos, verei se há condições para assinar ou não", afirmou, depois de uma visita ao expositor da Start-up Portugal na Web Summit, em Lisboa.

O Presidente da República também foi questionado sobre se a criação de um visto especial para nómadas digitais é uma boa forma de captar investimento para o país.

"Portugal atrai aqueles que gostam do digital, somos muito bons no digital […], não podemos impedir as pessoas de virem para cá e a partir daqui ligarem o mundo através do digital", respondeu.

Sobre as consequências deste tipo de regimes, Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que estas podem existir, mas defendeu que o saldo é positivo para Portugal.

"Sei que tem algumas consequências. Aqui e ali aumenta naturalmente o valor das casas, encarece a habitação, aumenta o consumo e, portanto, o nível de preços num ponto ou noutro". Mas "a vantagem que tem para o país", afirmou o chefe de Estado, "ser atrativo para os que são o futuro" parece "indiscutível".