Ao princípio, os casais tinham um aspeto normal. Depois começaram a aparecer pessoas feias, todas tatuadas, e os casais deram lugar a pares de dois homens ou duas mulheres
Uma vez, ao tratá-lo por embaixador, respondeu-me: “Embaixadora é a minha mulher. Eu sou o marido da embaixadora”.
Agora tudo funcionou ao contrário: fecharam-se em casa os sãos (que só haveria vantagem em que apanhassem a doença, para a sociedade ganhar imunidade), e permitiu-se que a peçonha entrasse nos lares de idosos.
Os ciganos devem ter liberdade para preservar o seu modo de vida, mas isso supõe que não usufruam das mesmas regalias dos que vivem integrados no sistema; se o Estado não deve obrigá-los a ser como os outros, eles não podem obrigar o Estado a dar-lhes o que dá aos outros.
Os correspondentes das televisões portuguesas no Brasil ou nos EUA perderam toda a isenção jornalística: parecem deputados da oposição a falar no parlamento
Não sou dado a acreditar em castigos divinos, mas há muito que se percebia que a nossa civilização caminhava contra uma parede.
Como já é claro, aquele ‘Fique em casa’ foi a frase certa no momento certo. E replicada por outros meios, pode ter poupado muitas vidas.
Bem fez o meu pai, que recusou uma condecoração que lhe foi atribuída no tempo de Ramalho Eanes. Embora tivesse consideração pelo então Presidente da República, escreveu-lhe uma carta a rejeitar a comenda.
Deveriam os médicos respeitar o que alguns diziam ser a vontade da menina e matar o feto, ou tentar salvá-lo, como acabaram por fazer?
Eu próprio acabei por contribuir para a produção de muito lixo plástico, ao inventar o célebre ‘saco de plástico’ em que o Expresso foi vendido durante cerca de 30 anos. Mea culpa
Os debates sobre os crimes passionais não servem rigorosamente para nada, porque ninguém tem coragem para ir à raiz do problema.
Para haver progresso, não basta haver ‘progresso tecnológico’, nem ‘progresso material’ – é também necessário haver ‘progresso imaterial’. Sem ele, a nossa civilização estará condenada ao declínio e à morte
Quando se trata da sobrevivência, não há civismo. As pessoas tornam-se piores que animais. Atropelam-se, pisam-se. Mas, por isso, as normas de segurança deveriam ser mais apertadas.
No mundo do futebol, a pirâmide encontra-se invertida. Aqueles que deveriam dar o exemplo – os presidentes dos clubes – são os que se comportam pior.
Admiti que bastaria um simples requerimento a explicar a situação e pedir autorização para construir. Mas a burocracia é inimiga da simplicidade.
As denúncias de assédio foram elevadas à condição de espetáculo mediático. O tempo da inquisição parece de volta, com outra roupagem.
Ver o carro dele parado naquela rua, num local onde às vezes deixo o meu, e saber que fora para ali conduzido por uma pessoa conhecida, foi uma sensação estranha.