Recomendação global que “há espaço para reduzir as taxas de juro, mas a política monetária deve permanecer prudente”
O défice público da zona euro recuou, no primeiro trimestre, para 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e o da União Europeia (UE) para 3,0%, com Portugal a apresentar o terceiro maior excedente (0,6%), divulgou o Eurostat.
Mas há riscos a ter em conta, alerta a Allianz Trade.
Portugal, com 2,3%, tem a oitava menor taxa de inflação, medida pelo IHPC, um recuo em cadeia (2,6% em março) e homólogo (6,9% em abril de 2023)
“Embora as condições de estabilidade financeira tenham melhorado em consonância com a redução dos riscos descendentes e a descida da inflação, continua a ser crucial reforçar a resistência do sistema financeiro”, afirmou o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos.
O Eurostat revela abrandamento, em fevereiro, para os 2,6% na zona euro e para os 2,8% na União Europeia (UE)
Em Portugal, no quarto trimestre de 2023, o PIB avançou 2,2% na variação homóloga e 0,8% face ao período anterior.
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Na comparação com o segundo trimestre de 2023, a dívida pública portuguesa baixou 2,5 pontos percentuais, o terceiro maior recuo depois de Chipre (-5,6 pp), e do Luxemburgo (-2,6 pp).
“Em ambos os casos, a evolução económica portuguesa deverá ficar acima da média da Zona Euro”, refere a Allianz Trade.
Desaceleração “provém do efeito de base associado ao aumento mensal de preços registado nos produtos alimentares no último mês ter sido inferior ao que se verificou em novembro de 2022”, justifica o INE. Na zona euro, inflação também caiu.
Para Portugal, o gabinete de estatísticas da União Europeia reviu a estimativa anterior de maior crescimento para o terceiro maior, com base em dados de mais Estados-membros.
E na União Europeia também abrandou para 4,9%, segundo dados do Eurostat.
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Ainda assim, Portugal enfrenta desafios devido à “fraca procura interna”.
O aumento da probabilidade de uma recessão técnica na zona euro, inflação elevada, condições financeiras mais restritivas e menor liquidez está a aumentar os riscos para o sistema financeiro.
Na zona euro acelerou para 9,1% no mesmo mês.
Também o crescimento do comércio externo do G20 abrandou no segundo trimestre.
Dados do INE dizem respeito ao mês de maio. Na zona euro a inflação acelerou para 8,1% no mesmo mês, revelou o Eurostat.