A Grécia e os representantes dos credores internacionais fizeram hoje um primeiro balanço sobre as negociações, com algumas questões em aberto, mas com uma apreciação global positiva e um acordo sobre o calendário para a recapitalização dos bancos.
A bolsa de Atenas fechou hoje a cair 1,22%, bem abaixo da queda histórica de 16,23% de segunda-feira, mas com os títulos dos bancos com um ‘rombo’ de quase 30%.
A bolsa de Atenas encerrou hoje a perder 16,23%, uma queda histórica em dia de reabertura, depois de ter estado encerrada cinco semanas, com a instauração do controlo de capitais na Grécia.
O ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis disse que Espanha corre o risco de “se transformar numa Grécia” e que isso “acontecerá se se continuarem a repetir os mesmos erros que foram impostos” ao seu país.
Os primeiros seis meses do Governo grego, liderado pelo Syriza, do primeiro-ministro Alexis Tsipras, tiveram importantes reflexos na Grécia e agitaram a União Europeia e a zona euro, que conheceu a crise mais séria desde a sua fundação.
O défice público da zona euro fixou-se em 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, abaixo dos 2,5% registados no trimestre anterior e em termos homólogos (primeiro trimestre de 2014), divulgou hoje o Eurostat.
O primeiro-ministro português considerou hoje que a proposta do presidente francês de uma “vanguarda” na zona euro provoca desconfiança e reservas aos países em processo de convergência, porque equivale a “construir diversos clubes dentro do clube”.
Se as negociações entre o Eurogrupo e a Grécia não tivessem culminado no acordo de princípio anunciado hoje, o Governo de Atenas tinha um plano estudado para a saída do euro. Numa entrevista publicada hoje, o ex-ministro grego Yanis Varoufakis revela que montou um “gabinete de crise” para preparar um afastamento da moeda única se…
O comissário europeu Carlos Moedas disse que hoje é “um grande dia para a Europa e para a Grécia”, na sequência do acordo de princípios alcançado em Bruxelas, que permite manter o país na zona euro.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assegurou hoje, em Bruxelas, que “Portugal manteve sempre uma atitude muito construtiva” nas negociações com a Grécia e apontou que foi inclusivamente uma ideia sua que ajudou a desbloquear o último obstáculo.
Os trabalhos da cimeira da zona euro, que decorre hoje em Bruxelas, foram retomados, após uma interrupção de cerca de duas horas, para um encontro entre o primeiro-ministro grego, a chanceler alemã e o presidente francês, indicaram fontes europeias.
A aprovação de medidas de austeridade e mais privatizações estão entre as condições acordadas pelos ministros das Finanças da zona euro para a reabertura de negociações para um terceiro resgate à Grécia.
O comissário europeu dos Assuntos Económicos afirmou hoje, em Bruxelas, que “o governo grego fez gestos importantes” nos últimos dias, mas advertiu que a “chave” para um acordo está numa rápida implementação de reformas.
Atenas cumpriu o ‘deadline’ imposto pelos credores e entregou a estes e ao Eurogrupo uma proposta para viabilizar um terceiro resgate financeiro.
O presidente do Conselho Europeu anunciou hoje que convocou uma cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de Governo na zona euro para a próxima terça-feira, em Bruxelas, para discutir o resultado do referendo na Grécia.
Os resultados parciais divulgados pelo Ministério do Interior deixam pouca margem para dúvidas. Com praticamente a totalidade dos votos contados, cerca de 60% dos gregos disseram não à última proposta dos credores internacionais para prolongar a austeridade, considerada humilhante por Atenas e centrada em novos aumentos de impostos e cortes nas prestações sociais.
Ainda é cedo para apontar com rigor o resultado do referendo deste domingo na Grécia, mas as primeiras projecções indicam a vitória do Não e incluem já alguns dados interessantes para análise.