o supervisor do mercado começou, esta manhã, a pedir esclarecimentos adicionais junto da petrolífera portuguesa e também da brasileira petrobras, segundo avançou fonte oficial da cmvm ao sol. no último dia de 2010 terminou a fase de bloqueio do acordo parassocial da galp, que impedia qualquer negociação por parte dos accionistas de referência (eni, amorim energia e cgd).
a petrobras veio hoje confirmar, em comunicado publicado no seu site, que está em contactos com a eni. os italianos são accionistas de referência da galp energia (33,34%) e já assumiram que estão vendedores.
em curso está a «possibilidade de uma potencial transacção» com a eni, mas sem qualquer «documento vinculante entre as partes», explica a petrobras em comunicado publicado hoje no seu site, confirmando as notícias que têm vindo surgido nas últimas semanas sobre o interesse dos brasileiros na galp.
a dificultar a concretização do negócio estarão os accionistas angolanos sonangol e isabel dos santos, que ameaçam vetar a entrada da petrobras na galp, caso não consigam valer os seus direitos, através da amorim energia (33,34% da galp). a petrolífera e a empresária angolanos são sócios de américo amorim, através da esperanza, e estão em guerra aberta com o empresário nortenho, para terem voz activa no processo de reestruturação accionista da galp, tendo mesmo interesse em passar a ter uma participação directa na empresa portuguesa.
neste contexto, é expectável que também a eni, amorim e os angolanos venham a ter de também prestar esclarecimentos adicionais à cmvm.