Passos não quer moção de censura mesmo que FMI entre

Os sinais de que a intervenção do FMI em Portugal pode estar iminente avolumaram-se esta semana e são cada vez mais as vozes que consideram inevitável um pedido de ajuda externa.

a oposição está convencida de que josé sócrates não sobreviverá a tal intervenção mas, ainda assim, o líder do psd resiste a apresentar uma moção de censura ao governo. passos coelho, que já disse que «o eventual recurso ao fmi não pode deixar de ter consequências políticas», acredita que, no momento em que tal acontecer, sócrates deixará de ter condições para continuar a liderar o país, sobretudo porque perderá a credibilidade externa.

e, argumenta fonte próxima do líder social-democrata, «essa quebra de confiança só se resolverá com eleições». sem querer abrir o jogo, passos coelho acredita que há outras vias, cuja iniciativa não depende exclusivamente do psd, que podem ditar a saída de sócrates e a antecipação de eleições. para já, as expectativas estão todas voltadas para o conselho europeu de 24 de março.

sofia.rainho@sol.pt e susete.francisco@sol.pt