Portugal com maior risco de convulsão social

Pela primeira vez em 18 edições do mapa de risco político elaborado pela empresa norte-americana de corretagem de seguros Aon, Portugal regista factores de risco.

e estes são logo dois. o de convulsão social, motins e greves, e o que mais dores de cabeça dá ao governo: o incumprimento do pagamento da dívida soberana. exactamente como a irlanda, país que sofreu ajuda externa no ano passado.

apesar de tudo, «a avaliação é positiva», uma vez que o país se mantém no grupo dos de «mais baixo risco», ressalva o director daquela empresa em portugal. para pedro penalva, o estudo «não é alarmista, mas efectivamente há dois factores de risco associados ao país».

o mapa de risco político da aon risk solutions é uma ferramenta pensada para gestores e empresários. pinta os países em seis cores, do azul de baixo risco ao vermelho do muito alto risco, «em resultado de uma análise muito alargada» que inclui a colaboração de agências de rating, seguradoras e universidades, além da empresa de consultoria oxford analytica.

nesta edição há uma mudança de cor negativa para 19 países. «parece que o mundo está mais perigoso, mas 13 países desse lote são das caraíbas, o que se explica por causa da quebra das receitas de turismo que aumentam o risco de pagamento da dívida», diz penalva.

em sentido contrário, 11 países registaram melhorias ao ponto de mudarem para uma cor menos berrante. é o caso de moçambique, agora considerado um país de médio risco. «é uma boa notícia para os empresários portugueses», comenta pedro penalva.

cesar.avo@sol.pt