Sócrates dá palco a Assis no partido

O XVII Congresso socialista, que hoje se inicia em Matosinhos, promete ser o pontapé de partida para a campanha eleitoral. «O PS tem uma liderança reforçada, não há nenhum problema interno para resolver, será um Congresso bem mais virado para fora», antecipa Capoulas Santos, eurodeputado que dirigiu a campanha interna de José Sócrates.

a oposição – muito em particular o psd – será a principal visada pelos socialistas. já quanto ao presidente, as principais figuras do ps não deverão adoptar uma linha de hostilização. o que não significa que cavaco silva seja ignorado pelos socialistas – apenas que não serão os principais dirigentes a visar belém.

o anúncio do pedido de ajuda externa, feito na última quarta-feira pelo governo, apanhou de surpresa os socialistas, e não deixará de marcar o congresso. mas, apesar de alguma irritação com a novidade – dois dias antes, sócrates tinha garantido que tudo faria para evitar o pedido – também neste ponto as críticas deverão calar-se em nome do ‘toque a reunir’ para as próximas eleições.
manuel alegre passará pelo congresso, mas não decidiu ainda se fala. antónio josé seguro estará também em matosinhos, mas também não adianta se fará uma intervenção.

em cima da mesa estarão 41 moções sectoriais, que vão da regionalização à união europeia, dos estatutos do partido à educação. no último congresso do partido, os textos sectoriais foram remetidos para discussão posterior, um debate que acabou por não se realizar.

susete.francisco@sol.pt
manuel.a.magalhaes@sol.pt