‘Não são as privatizações que vão resolver os problemas de tesouraria do país’

Em declarações ao SOL, o presidente da EDP António Mexia considera que a privatização da eléctrica nacional apenas deve ocorrer ‘se houver condições de mercado’.

à margem da conferência sol ‘triângulo virtuoso angola – brasil – portugal’, esta sexta-feira, em lisboa, mexia afirmou que «não são as privatizações que vão resolver os problemas de tesouraria do país», considerando ainda que uma eventual operação de privatização da edp deveria ser realizada através da venda directa a investidores e não através da colocação das acções em bolsa.

«neste momento, esta não é uma opção, porque o mercado não está nos melhores dias», disse o presidente da edp.

«nem eu nem ninguém espera que a próxima fase da privatização seja feita junto de instituições financeiras», declarou mexia.

o presidente da edp espera que o programa de privatizações imposto pela troika garanta a estabilidade e o crescimento da empresa.

«o desafio é ter um núcleo estável de accionistas que permita assegurar o crescimento da edp», afirmou mexia, que espera que uma eventual operação de privatização aconteça apenas «se houver condições de mercado» e «se a saída repentina do estado não provocar instabilidade na empresa».

«temos que econtrar um parceiro que nos traga estabilidade», reforçou.

o gestor considera porém que a edp está hoje melhor preparada para um processo de privatização do que estava há 5 ou 7 anos, devido à entrada de novos accionistas.

tania.ferreira@sol.pt e joao.madeira@sol.pt