SOL&SOMBRA

Quem está ao SOL e quem ficou à SOMBRA. A semana vista por José António Lima.

sol

jorge sampaio – a menos de meio ano de guimarães assumir o estatuto de capital europeia da cultura, os arrufos e desentendimentos entre a câmara municipal e a fundação criada especificamente para a preparação e gestão da iniciativa continuam. pondo em risco o financiamento comunitário e, consequentemente, o sucesso do programa. perante o impasse gerado, o ex-presidente da república não perdeu tempo a convocar o conselho geral, a que preside, para atalhar caminho e garantir que guimarães e portugal honram os compromissos assumidos. sem contemporizações nem contemplações.

paulo portas

ao eleger angola, moçambique e brasil para a sua primeira visita oficial, o novo ministro dos negócios estrangeiros dá uma clara referência de qual será a aposta do novo governo em matéria de política externa e de parcerias estratégicas. tanto mais que leva na bagagem a missão de abrir caminho e preparar terreno para aquela que será também a primeira deslocação além-europa que o primeiro-ministro fará nos próximos meses. com o euro – e a união europeia – em crise profunda, a lusofonia é a melhor, ou mesmo a única, alternativa de futuro para portugal.

sombra…

macário correia

o presidente da câmara de faro já não está contra a introdução de portagens na via do infante. porque, argumentou, houve uma «alteração das circunstâncias» e elas, afinal, são mesmo inevitáveis. ora, já o eram, tal como em todas as outras scut, dado o estado a que chegaram as contas públicas. e a única ‘circunstância’ que sofreu alterações foi a cor dos partidos no poder. com o ps de josé sócrates no governo, o presidente da câmara de faro estava na frente da contestação. com o governo psd-cds liderado por passos coelho, o autarca social-democrata enfiou a viola no saco.

manuel alegre

a aventura presidencial saiu-lhe cara. a diferença entre os votos e respectiva subvenção que o candidato presidencial derrotado esperava obter nas eleições de janeiro passado e os que veio efectivamente a receber deixam-no com uma dívida por pagar de 400 mil euros – já depois de contas feitas com o ps (que contribuiu com 400 mil euros) e o be (100 mil), que o apoiaram. é dinheiro e caso para dizer que é mais um daqueles desvios que obrigam a um esforço colossal.

mario.ramires@sol.pt