na apresentação dos resultados consolidados do grupo cgd, marcada para hoje à tarde, a administração liderada por faria oliveira irá também revelar, segundo fontes do sector financeiro, que a caixa foi obrigada a reconhecer cerca de 1,4 mil milhões de euros de imparidades relacionadas com perdas potenciais na concessão de crédito, desvalorização bolsista da participações e dívida soberana.
só a exposição à bolsa gerou imparidades na ordem dos 600 milhões de euros.
neste caso, destacam-se os cerca de 200 milhões de euros de desvalorização do título da portugal telecom, que foi acompanhada por quedas significativas do valor das acções da brisa, bcp e zon. estes dois últimos títulos, por seu lado, já tinham obrigado o grupo caixa a reconhecer imparidades de 482 milhões de euros nas contas de 2008.
nos últimos quatro anos, as perdas potenciais das participações em empresas cotadas somam, em termos acumulados, perto de 2 mil milhões de euros.
já as imparidade de crédito, bem como do negócio segurador – particularmente exposto à dívida soberana grega – afectam negativamente os resultados do grupo caixa, com imparidades próximas de 800 milhões de euros
