Passos encosta PS à esquerda radical

Para manter as tropas unidas no partido, Passos centrou o Conselho Nacional na crítica a Seguro. Elogios ao CDS vieram ontem. Agora, diz, é preciso um «suplemento de serenidade».

passos coelho não tem dúvidas:
o ps já só pensa em eleições legislativas e está a comportar-se mais como um
partido da extrema-esquerda, do que do chamado arco da governabilidade.

«às vezes, tenho dificuldade em
perceber se quem está a falar é o ps ou é o be, tal é o radicalismo»
, disse o
primeiro-ministro, durante a reunião, esta quinta-feira, do conselho nacional
(cn) do psd, segundo relatos feitos ao
sol
. passos coelho, aliás, vincou, por
diversas vezes, o
«elevado grau de crispação»
do ps e deu como exemplo
«a constante criação de casos que
chega a pôr em causa a dignidade dos membros do governo»
.

no fundo, o primeiro-ministro considera que
o ps colocou-se de fora de uma conduta responsável de maior partido da
oposição, o que tornará inviável quaisquer esforços de diálogo, nomeadamente,
na redefinição das funções do estado. aliás, acusou mesmo antónio josé seguro
de recusar entrar no debate, apesar de ter
«responsabilidades»
no actual estado do
país.

mais: comparou seguro a sócrates, dizendo que a receita é a mesma.
mais dívida, incumprimento do défice e, como consequência, fazer de portugal
uma nova grécia,
«incapaz de pagar as suas dívidas»
.

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david.dinis@sol.pt
e helena.pereira@sol.pt