«do ponto de vista do preço, a proposta hoje seleccionada era a que apresentava o valor mais elevado, mas foi também a avaliada como a mais interessante do ponto de vista estratégico», justificou a secretária de estado do tesouro, maria luís albuquerque, após o conselho de ministros onde se decidiu o desfecho do processo.
«a vinci propõe-se situar em lisboa, através da ana, o centro do seu negócio aeroportuário, que tem planos significativos de expansão, o que vai permitir uma gestão eficiente da ana, mas também o aproveitamento do conhecimento técnico e know how para potenciar negócios em parceria, inclusivamente noutras geografias», acrescentou a governante.
com o encaixe da venda desta empresa, a receita com o programa de privatizações – em que também se inclui a venda das participações do estado na edp e ren – totaliza 6,4 mil milhões de euros, ou seja, acima dos 5,5 mil milhões acertados com a troika. do total a receber pela ana, «1.200 milhões de euros servirão para cobrir a concessão, 700 milhões de euros é o valor da dívida e 1.200 milhões corresponde ao equity value da ana e esse valor [em 90%] será imputado à amortização de dívida pública», detalhou ainda.
gigante da construção e das concessões, a vinci gere já 12 aeroportos em frança e no cambodja. ontem, reagiu ao anúncio congratulando-se e reafirmando os compromissos com portugal.