segundo o banco mundial, 62% dos venezuelanos viviam abaixo do limiar de pobreza em 2003. em 2011, 31% dos venezuelanos eram pobres. no mesmo período, a riqueza per capita subiu de 3.257 dólares para 10.809. a riqueza nacional, o pib, quase quadruplicou de 82 mil milhões de euros em 2003 para os 316 mil milhões em 2011.
no índice de desenvolvimento humano, compilado pelas nações unidas e que agrega indicadores económicos, sociais, educacionais e sanitários, a venezuela apresentava no ano 2000 um valor de 0.656. até 2011, subiu para 0.735. é agora o 73.º país mais desenvolvido do mundo, à frente de nações como o brasil ou a turquia.
o país tem hoje uma carteira de parceiros comerciais mais diversificada, fruto do internacionalismo chavista, e uma voz líder na américa do sul. em contrapartida, perdeu o cliente norte-americano.
o caminho, no entanto, foi marcado por solavancos. o crescimento económico da última década, ainda que baste para fazer inveja aos europeus, foi dos mais tímidos na américa do sul. a dívida externa disparou, ainda que numa proporção menor que outras nações petrolíferas como a arábia saudita.
a inflação está nos 20% ao ano, o governo recorre frequentemente à desvalorização da moeda nacional (o bolívar) para corrigir desequilíbrios e há dúvidas sobre a sustentabilidade a longo prazo de uma economia fortemente dependente das exportações petrolíferas. em duas ocasiões, a venezuela mergulhou a pique: entre 2002 e 2003, período marcado pela instabilidade pós-11 de setembro e pelo fracassado golpe militar pró-americano de pedro carmona, e após 2008, em linha com a economia global.
o que não mudou? caracas continua a ser das cidades mais inseguras do mundo e a venezuela continua a cair nos índices internacionais de percepção da corrupção. um mal social, dirão os chavistas. um fracasso político de chávez, dirão os opositores.