o modelo de venda da empresa a privados, agendada para este ano, está a ser definido pelos ministérios das finanças e da economia, com o apoio da gestão dos ctt (liderada por francisco lacerda). a equipa de consultores de antónio borges, contratada através da parpública para assessorar as privatizações, também está envolvida.
em cima da mesa estarão vários cenários: vender o grupo em bloco directamente a um único ou vários compradores, retalhar os ctt em várias vendas directas de empresas participadas, ou fazer um modelo misto, com a venda de uma parte do capital a um ou mais investidores, e dispersar o valor remanescente em bolsa.
esta última solução será a que recolhe mais preferências, mas ainda não houve uma decisão final, garantiram ao sol, fontes envolvidas no processo.
em vias de adjudicar os assessores financeiros e jurídicos desta operação, o governo está trabalhar para que a privatização total dos ctt esteja concluída entre outubro e novembro deste ano, sabe o sol.
de acordo com as informações recolhidas, neste momento está a ser ultimado o plano de negócios da empresa para o próximo triénio e é nesse âmbito que surge a criação de um banco postal.
o objectivo é potenciar o negócio de transacções financeiras – que todos os envolvidos no processo acreditam ser uma mais-valia para o crescimento futuro da empresa e para aumentar o preço da privatização.
tentativas falhadas
o banco postal – que para avançar precisa de uma licença do banco de portugal – já esteve na calha para ser lançado, em vários momentos nas últimas duas décadas. chegaram a ser estabelecidas parcerias com a cgd e com o banif, que falharam.
os correios do brasil foram até agora os únicos a assumirem publicamente que estão na corrida aos ctt, tal como o sol avançou em primeira mão no ano passado.
mas o executivo e as várias equipas envolvidas na operação estão convencidos de que haverá mais potenciais candidatos, nomeadamente colombianos, ingleses, alemães e outros investidores europeus.