SOL&SOMBRA

O mais e o menos da semana visto por José António Lima.

SOL

José Mourinho

Três vitórias numa semana, duas sobre o Barcelona e uma em Manchester, desanuviaram por completo as nuvens negras que pairavam sobre o Real Madrid e o seu treinador. Poucos apostavam que conseguisse ir arrancar a Nou Camp a passagem à final da Taça do Rei ou a Inglaterra a eliminação do Manchester United. Conseguiu essa dupla proeza e reabilitar o astral da equipa de Madrid, mantendo-a na corrida para conquistar, pelo menos, um troféu esta época, depois de há muito ter perdido o Campeonato para a equipa de Messi. Cristiano Ronaldo voltou a ser o seu seguro de vida e as declarações em Manchester, no final do jogo, pareceram uma descarada propositura à sucessão de Ferguson, quando este deixar o lugar vago. Ainda não ganhou nada esta época, mas as perspectivas são agora mais animadoras.

SOMBRA

Joaquim Oliveira

No cenário de crise que se vive na comunicação social, a SportTV tem resistido como a principal fonte de receitas e a menina dos olhos do patrão da Controlinvest. Agora, com a concorrência directa da Benfica TV, a perda dos desafios da Liga Inglesa e dos jogos em casa do Benfica, até a SportTV vê posta em causa a sua hegemonia incontestada. E dificilmente poderá manter os preços das assinaturas ao perder parcelas tão importantes do seu pacote de jogos. Não está fácil a sobrevivência.

Filipe Pinhal

O ex-responsável do BCP, ao lançar o seu Movimento dos Reformados Indignados, perdeu de vez o sentido do ridículo público e a noção das desigualdades sociais. Como pode queixar-se na praça pública um grupo com pensões mensais de dezenas de milhares de euros, agora reduzidas, quando a maioria da população sofre consequências duríssimas – essas, sim, dramáticas e motivo de indignação – com a crise? Parece até uma brincadeira de mau gosto.

Arlindo de Carvalho

Há muito envolvido em negócios com Oliveira Costa, Isaltino Morais e outros, não surpreendeu a acusação de que agora foi alvo no processo BPN, por um caso de burla que ultrapassa os 100 milhões de euros. Negócios imobiliários ruinosos para o banco (e, por tabela, para os contribuintes…) começam a ser deslindados. E deixam o ex-ministro da Saúde em maus lençóis.

José António Lima