maria luís albuquerque, a secretária de estado responsável pelo caso das swaps, explicou os contornos da polémica e de como ela pode ser prejudicial ao governo – do ponto de vista financeiro, mas também jurídico e político – no conselho de ministros de terça-feira.
a sua exposição, segundo apurou o sol, convenceu vários membros do governo (“ela tem o dom da credibilidade”, dizia um centrista esta semana). mas deixou outros desconfiados. isto porque, afinal, não há um relatório para publicar já, como se fizera constar – uma consultora externa ainda está a trabalhar o assunto.
além disso, não há uma distinção clara entre ‘bons’ e ‘maus’ – ou seja, entre os que, nas empresas públicas, fizeram contratos ‘só’ prejudiciais e os que entraram em produtos ‘tóxicos’. e ainda porque a própria secretária de estado é fiscalizadora e fiscalizada: esteve na refer em 2007, empresa que também assinou swaps, mas, segundo garantiu, nenhum deles é ‘tóxico’ para o estado.
o que ficou certo para todos é que maria luís albuquerque tem total apoio do primeiro-ministro e do ministro das finanças. central na preparação do regresso aos mercados, toda a estratégia do núcleo político foi montada para a proteger dos estilhaços do caso.
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com helena pereira