Passos confirma Portas como vice-primeiro-ministro

Passos Coelho confirmou a proposta de nomeação de Paulo Portas para o cargo de vice-primeiro-ministro e a permanência de Maria Luís Albuquerque no Ministério das Finanças. O primeiro-ministro assegurou ainda a existência de “outras alterações com significado” no Executivo, mas não especificou, remetendo para o facto de Cavaco Silva ainda ter de dar ‘luz verde’ ao acordo…

“chegámos a um acordo sólido e abrangente”, começou por dizer o primeiro-ministro passos coelho, na leitura ao país da declaração elaborada em conjunto com paulo portas. acordo esse que tem “consequências na composição do governo”. avançando desde já com a certeza de que foram propostas “outras alterações” na equipa governativa, passos confirmou que o parceiro de coligação fica e sobe ao cargo de vice-primeiro-ministro. fica também a recém-empossada ministra das finanças, cuja nomeação esteve na origem do pedido de demissão de paulo portas. 

o vice-primeiro-ministro vai assim assumir a coordenação das políticas económicas e dos assuntos relacionados com a ‘troika’, assim como do guião sobre a reforma do estado, esclareceu o primeiro-ministro.

numa declaração de aproximadamnete sete minutos, sem responder a perguntas dos jornalistas, passos reforçou que o entendimento alcançado permite ao governo reunir as condições necessárias para garantir a “estabilidade política até ao fim da legislatura”, já que, disse, “uma coligação é um compromisso permanente”.  permite também assegurar o cumprimento dos compromissos externos de portugal.

“queremos fechar o programa de ajustamento no prazo previsto sem hesitações, para, em junho de 2014, portugal recuperar a autonomia económica e financeira”, disse.

o novo acordo governativo, continuou passos, reforça também a prioridade que o governo quer dar às políticas de crescimento económico e de emprego, permitindo “iniciar um novo ciclo na vida governativa”, que o primeiro-ministro deseja que coincida também com um “novo ciclo económico”.

passos lembrou que o acordo foi apresentado ontem ao presidente da república, que é quem tem a palavra final. e acrescentou que os dois partidos respeitam “plenamente” a “avaliação” do chefe de estado no quadro das suas competências constitucionais.

a leitura da declaração aconteceu com paulo portas ao lado do primeiro-ministro, no hotel de lisboa em que decorreu desde cas 18h40 um encontro entre as direcções do psd e do cds-pp, onde estiveram presentes sete dirigentes de cada partido, para além de pedro passos coelho e paulo portas.

rita.dinis@sol.pt